Seu nome é Luan Pereira. O apelido no diminutivo fica guardado ao tratamento do presidente à cozinheira do Avaí. Nos corredores da Ressacada, vai ser sempre Luanzinho. Mas, calçado de chuteiras e sobre a grama, tem nome e sobrenome como homem que é aos 18 anos. O pedido para mudar a forma como é chamado faz parte do amadurecimento. Maturação com a camisa do Leão e turbinada com a da seleção brasileira, a amarelinha.
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Embora tenha ficado fora do último chamado do técnico Carlos Amadeu, para amistosos na metade do próximo mês, Luan Pereira se habituou a ser convocado para as seleções de base. Até custa a lembrar que foram oito ao todo, duas para a sub-17 e outras seis para a sub-20. Cada passagem faz do menino mais homem e do jogador mais atleta. O garoto tímido das primeiras entrevistas coletivas no Avaí deu lugar a um profissional que explica a função em campo, que exprime desejos e que sabe o caminho para vestir a amarelinha.
– Ir para a seleção tem uma responsabilidade, mas é um aprendizado muito importante para a minha carreira no futebol e para a minha vida. Acho que volto mais confiante a cada vez. Fazendo bom trabalho lá também me sinto mais à vontade quando retorno – garante o rapaz que jogou pela primeira vez no clube como um menino de 13 anos.
Objetivo de todo jovem, ele espera defender a Seleção Brasileira em uma grande competição, como a Copa do Mundo. Mas Luan vive um sonho de cada vez e o próximo com a amarelinha é o Sul-Americano sub-20, marcado para janeiro, no Chile, e que dá vaga para o Mundial da categoria em maio, na Polônia.
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Até lá haverá ainda mais uma convocação e ele acredita que vai ter de estar entre os 23 para continuar com chances de disputar a competição. O momento para conquistar seu espaço no elenco não poderia ser mais propício: a reta final da Série B e com o Avaí na disputa pelo acesso.
– É hora de decidir e mostrar todo o meu potencial e o que tenho de para desenvolver no clube em que me sinto bem e com pessoas que me ajudam de todas as formas. Fazendo um bom trabalho neste momento de reta final, creio que vou estar no Sul-Americano – projeta.
Mas não é apenas pelo espaço na seleção sub-20 que Luan Pereira joga tudo o que pode. O acesso à Série A é uma conquista com peso de título e Luan Pereira tenta contribuir para que o clube alcance. Há no jogador o desejo de retribuir ao Avaí por ter dado a ele uma camisa e uma chance de mostrar o futebol.
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Luan tem linhagem na bola. O pai, Edson, foi jogador de futebol que por pouco não despontou no Palmeiras e a mãe, Dona Zena, jogava futsal. O irmão mais velho, Renan, só não é companheiro no time profissional porque um tumor cerebral o tirou dos gramados e a vida. Por eles, pelos sonhos com a amarelinha e por amor ao clube, Luan quer eternizar no Avaí o sobrenome Pereira.
Promessa do Tigre
Quando entrou em quadra pela primeira vez para jogar futsal em Lages, então com seis anos de idade, Vinicius foi logo para baixo da trave e optou por fazer das mãos o principal ponto de contato com o esporte. Deu certo e, aos 14, foi aceito pelo Criciúma para integrar as categorias de base após um teste. O que não imaginava é que vestiria a camisa número 1 da seleção brasileira sub-20 assim que completasse a maioridade.
Vinicius já foi convocado pelo técnico Carlos Amadeu quatro vezes. No começo de outubro, viajará para o Chile, onde o Brasil vai encarar os donos da casa duas vezes, nos dias 13 e 15. A expectativa do goleiro tricolor é continuar na lista de escolhidos até janeiro, quando a seleção jogará o Sul-Americano sub-20.
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O arqueiro atribui a boa fase ao trabalho diário no Tigre, sob o comando do preparador de goleiros Maurício Dacoregio e na companhia do experiente Luiz, titular do Criciúma e uma das referências do novato.
– Um dos meus ídolos é o Luiz, não posso negar. Acompanhei ele desde o São Caetano e, hoje, poder trocar uma ideia e treinar com ele é muito legal. Gosto muito também do estilo do Cássio e do Ederson. Para mim, o Ederson é o melhor goleiro do mundo – analisa o arqueiro de 19 anos.
Na seleção, Vinicius tem uma rotina um pouco diferente em comparação com aquela que encara no Criciúma. Como o estilo de jogo é diferente, a preparação também é. Os outros dois goleiros convocados são Brazão (Cruzeiro) e Hugo (Flamengo).
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– A seleção brasileira busca um jogo que os grandes times na Europa estão fazendo. Por verem que a gente tem a capacidade de atingir esse nível europeu, eles procuram fazer isso conosco. Eu tenho uma boa saída de gol, um bom jogo com os pés, e isso vai melhorando quando é trabalhado. Na seleção, se trabalha muito o jogo com os pés – compara o atleta.
Outros goleiros com quem ele trabalhou na seleção já foram chamados por Tite para integrar o grupo principal. São os casos de Phelipe (Grêmio) e Hugo (Flamengo). Tudo isso aumenta a expectativa de, no futuro, também ganhar uma oportunidade no esquadrão nacional.
Enquanto se prepara, o foco é no Tricolor. O contrato com o Criciúma vai até abril do ano que vem, mas Vinicius quer contribuir com o clube por mais tempo. Esta é a primeira chance que ele quer agarrar, antes de defender sonhos maiores.
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– Meus objetivos são fazer uma carreira pelo Criciúma, que é o clube que me formou, atingir um nível para atuar na Europa e jogar uma Copa do Mundo pela Seleção Brasileira – planeja.
O retrospecto de Vinicius é positivo. Como titular, ele fez dois jogos no time principal do Criciúma e um pela seleção sub-20. O goleiro não apenas tem 100% de aproveitamento como ainda não tomou nenhum gol.