Qual o professor de Língua Portuguesa que nunca passou pela difícil situação de ter que corrigir a fala de um aluno dentro da sala de aula? Tal evento vai desde o constrangimento de deixar o próprio aluno constrangido até criar a ira dos demais, por sentirem-se feridos com a correção. Isso acontece muito, principalmente quando o professor é inserido em escolas localizadas em pequenas regiões, que já possuem o seu modo de falar peculiar. Como fazer o aluno entender a correção? Nós, professores de Língua Portuguesa, não almejamos apenas que os alunos compreendam as regras da língua materna, mas também que utilizem nos seus falares esses entendimentos. Escrever é uma coisa, falar é outra, totalmente diferente. Ou será que não? Muitas produções textuais são escritas da mesma forma que seriam faladas. O que propor ao aluno? Como transformar alunos em mestres da eloquência, sendo que, quando chegam a seus lares, ouvem a todo o momento palavras ditas “erradas” pela norma padrão? Outro ponto preocupante é a própria eloquência dos professores. Como fazer com que um aluno fale corretamente, se nem mesmo o próprio professor lhe dá bons exemplos? Casos e mais casos podem ser encontrados em salas de aula por todo o Brasil. Isso decorre da falta de preparo dos docentes, da má avaliação que é feita para que um professor adentre a uma sala de aula. Muitas vezes, por não ter candidatos, estados e prefeituras aceitam alunos recém saídos do ensino médio para lecionar. E a qualidade do aprendizado? Infelizmente, os critérios para admitir professores caem ano após ano e quem se prejudica são os alunos das escolas públicas que, em muitos casos, continuarão a não ter acesso à arte de bem falar!
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Professora Cristiane Elise Bastos Silva
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