Viagens ao Exterior

Viajar para fora do país ou mesmo dentro do Brasil está mais caro. Preços de passagens aéreas e pacotes internacionais costumam ser cotados na moeda americana ou em euro, que também subiu. Além de decolar, o dólar sobe e desce, e a instabilidade da moeda deixa dúvidas quanto ao melhor momento para turistas comprarem dólares.

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Dica: tentar negociar com empresas de turismo o congelamento do câmbio em uma banda segura até que o negócio seja fechado. Para quem vai viajar, a sugestão é comprar dólares aos poucos, de forma a encontrar um valor médio e evitar o risco de obter o dólar apenas na cotação máxima.

Alimentos e bebidas importados

Estão de 5% a 8% mais caros, em especial os perecíveis, que os supermercados não têm em estoque e precisam importar com maior regularidade.

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Dica: substituir itens supérfluos por marcas nacionais mais sofisticadas, que mantêm o padrão de qualidade. Outra saída são as lojas especializadas e importadoras, que, muitas vezes, conseguem manter preços antigos por mais tempo.

Eletrônicos

Como 70% dos componentes são importados, o impacto do câmbio ocorrerá mais cedo ou mais tarde. Parte da indústria não repassou essa alta, mas o fará se o dólar permanecer no atual nível.

Dica: como o varejo costuma ter em estoque algumas variedades de eletrônicos, os preços podem ser menores em redes que ainda não receberam novas encomendas. Vale pesquisar para descobrir quem manteve os preços antigos.

Compra nos Estados Unidos

As compras em Miami ou Orlando podem ter ficado mais caras, mas ainda valem a pena. De acordo com turistas e agentes de viagem, enxovais para bebês, por exemplo, podem custar metade do preço nos EUA.

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Dica: melhor é evitar o uso do cartão de crédito, sujeito a imposto mais elevado do que os pré-pagos, por exemplo, e ao risco cambial, pois o valor em reais é definido no fechamento da fatura.

Mercado de capitais

O dólar alto tende a valorizar as ações de empresas exportadoras e penalizar aquelas que importam muita matéria-prima e maquinário.

Dica: avaliar quais ações foram precificadas (que o valor de mercado já esteja mais alto em razão do câmbio). É preciso redobrar os cuidados com empresas que têm alto endividamento na moeda americana, pois poderão ter dificuldades em seu balanço.

Investimentos pessoais

Os fundos que investem em câmbio subiram quase 18% até dia 20 de agosto, conforme a Anbima, maior rentabilidade entre a indústria de fundos.

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Dica: a oscilação do dólar amplia o risco desses fundos. Quem entrar poderá chegar no fim da festa. Quem quiser investir em câmbio, deve reservar um capital que não precisará por pelo menos dois anos.

Gasolina

A alta do dólar (aliada à recente disparada no preço do petróleo) amplia a pressão para que o governo autorize um reajuste na gasolina. Como a Petrobras importa muito combustível, acaba tendo prejuízo por não conseguir repassar a alta nas bombas.

Dica: é difícil escapar do aumento do combustível. A boa notícia é que a safra de açúcar nesse ano tem possibilitado queda no preço do etanol.

Linha branca

Fogões, geladeiras e máquinas de lavar devem ficar mais caros se a moeda mantiver o atual patamar, pois o preço do aço e das resinas são definidos pelo dólar.

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Dica: vale a mesma dica dos eletrônicos: pesquisar no varejo quais lojas oferecem melhor preço e condição de pagamento.

Compras na Fronteira

O dólar acima de R$ 2,30 torna pouco vantajosa a compra de alguns tipos de produtos na Fronteira, como eletrônicos e alguns alimentos.

Dica: bebidas, perfumes e vestuário mantêm preços atraentes na Fronteira, mesmo na atual cotação.