A Fetaesc vem acompanhando de perto o problema que a demanda suprimida de energia elétrica em algumas regiões do Estado vem ocasionando aos produtores rurais. Os casos mais graves estão na Serra e no Planalto Norte. Para entender melhor é preciso voltar no tempo, quando os próprios gestores públicos incentivaram a diversificação da produção nas pequenas propriedades buscando a automatização dos processos na cadeia produtiva, aliando qualidade de vida à preservação do meio ambiente.

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Com a agroindústria em alta, tem aumentado o consumo de energia no interior. Os sistemas de irrigação por energia elétrica estão cada vez mais presentes nas propriedades. Para alertar sobre o problema e um possível apagão do setor em Santa Catarina, a Fetaesc elencou como urgentes na Pauta do Grito da Terra Brasil 2013 os investimentos na geração de energia. Com o risco de forte impacto no PIB de SC se não forem realizados, com diminuição da arrecadação de tributos, emprego e renda.

Um estudo de demanda realizado pela Fetaesc e entregue para o governo do Estado mostra que o número de estufas elétricas cresce vertiginosamente na direção contrária dos investimentos. O anúncio da Celesc de construir duas subestações – Papanduva e Ireonópolis – devem amenizar o problema naquela região, mas até a obra sair do papel é necessário um programa de compra de geradores subsidiados pelo poder público. Por fim, é preciso união das instituições representativas, sociedade, meio rural, políticos e gestores públicos para mudar a realidade. A agricultura familiar é o grande diferencial de Santa Catarina. Falta os governos investirem para garantir o trabalho do produtor rural, que impulsiona a economia catarinense.”

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