Um dia após preferir não se manifestar à reportagem do DC, o tenente-coronel Araújo Gomes, comandante do 4º Batalhão da PM, na Capital, falou sobre o caso. Na entrevista, na redação do DC, ele disse ter ficado “desarmado” ao ouvir da reportagem sobre as suspeitas de familiares do adolescente, com 15 passagens pela polícia, de que teria havido uma execução.

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A conversa foi gravada, mas não publicada, uma vez que Gomes confirmou o que a Assessoria de Comunicação da PM havia dito minutos antes: na segunda-feira haveria uma manifestação oficial. Confira a entrevista.

Diário Catarinense – Quanto tempo durou a ação dos PMs?

Araújo Gomes – Coisa de segundos. Os policiais estavam na ronda quando foram alertados do assalto. Um dos assaltantes saiu correndo e o outro ficou para trás. Este coloca a mão na cintura para pegar a arma.

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DC – Os PMs serão afastados?

Araújo Gomes – Não há motivos. A ação foi de extremo, mas dentro dos limites. Eles terão acompanhamento com um psicólogo militar.

DC – Os PMs são jovens. Isso poderia ter precipitado a ação?

Araújo Gomes – Eles são jovens, mas agiram tecnicamente muito bem: a aproximação foi correta (evitaram a frente do posto onde os assaltantes estavam com as vítimas), não dispararam contra o interior do estabelecimento e nem nas bombas de combustível. A dupla de PMs se separou na hora da ação e foi dado um tiro para o alto.

DC – Qual a idade e a formação dos policiais?

Araújo Gomes – Eles têm menos de 30 anos, um é formado em Publicidade e Marketing e o outro em Teologia. Um estuda Direito pois deseja ser oficial. Eles têm boa formação e tecnicamente agiram muito bem.

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