A 239ª vítima do incêndio na boate Kiss era um dos seguranças que trabalhavam na casa noturna, na noite da tragédia. Rodrigo Taugen, 29 anos, ajudou a salvar algumas vítimas, mas não resistitu às complicações provocadas por queimaduras internas. O corpo dele será sepultado nesta terça-feira, às 9h, no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria.

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Desde o dia 27 de janeiro, Taugen estava internado no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, onde morreu após ter duas paradas cardíacas, às 22h30min de domingo.

_ Ele se sentia na obrigação de salvar aquelas pessoas _ emociona-se a irmã do segurança, Patrícia Santos.

Conforme a irmã, as poucas palavras que o segurança conseguiu falar, logo após o primeiro atendimento no Hospital Universitário de Santa Maria, era em relação às pessoas que não tinha conseguido ajudar na boate:

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_ O mano é um grande homem. Pena que, para salvar vidas, ele teve que dar a dele em troca.

Conforme Patrícia, que estava na Capital junto com o irmão, Taugen, que ainda sofria de pressão alta e diabetes, teve complicações nos rins, sendo necessário começar hemodiálise na última terça-feira. Na quinta, a equipe médica tentou colocar um pulmão artificial, mas ele não teria reagido bem, não conseguindo completar o procedimento. Os ferimentos nas vias respiratórias, afirma a irmã, comprometeram a língua, a garganta e os pulmões da vítima. No domingo, por volta das 22h30min, após alta febre e infecção, o segurança teve duas paradas cardíacas.

_ Vamos sentir muita falta do sorriso e das brincadeiras _ diz Patrícia.

Rodrigo Taugen nasceu em Júlio de Castilhos, mas morava em Santa Maria com a mãe, Romilda Taugen, o tio, uma irmã e os quatro filhos dela, conta a vizinha Simoni de Freitas. Conforme ela, o segurança trabalhava como vigilante em uma empresa terceirizada e, naquele trágico domingo, havia sido escalado para a boate Kiss.

_ Ele trabalhava para ajudar a mãe dele, só pensava nisso _ conta Simoni.

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