Os consumidores da região Sul do Brasil foram os que mais demonstraram preocupação com a higiene na hora de pagar, por conta da pandemia da Covid-19. A conclusão, obtida com exclusividade pela coluna, é do Relatório Varejo 2021 da Adyen, plataforma global de pagamentos que tem entre os clientes empresas como Magazine Luiza, Via Varejo, Uber, 99, iFood, Arezzo, Dafiti e MadeiraMadeira, atingindo mais de 50 milhões de consumidores.
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Por conta da preocupação com as normas sanitárias, segundo o levantamento, 83% dos entrevistados – quatro em cada cinco – passaram a preferir transações com tecnologias sem contato, como carteiras digitais, QR Codes e PIX. Foi o maior índice se comparado ao registrado nas outras partes do país (média de 78%). E para 50% dos que responderam, as experiências positivas no e-commerce vão reduzir as compras em lojas mesmo após a pandemia. O Relatório Varejo 2021 entrevistou de forma on-line 2 mil consumidores de todas as regiões brasileiras.
– A adesão maior da população do Sul do Brasil revela uma população menos dependente do pagamento em dinheiro e mais aberta a testar novas tecnologias, tanto com cartão de crédito como por celular. Imaginamos que essa tendência cresça com a maior adoção do PIX, lançado no fim de 2020 – diz Vinícius Nunes, lead de produtos para e-commerce da Adyen.
Ainda segundo Nunes, a tendência é de que os consumidores se acostumem com a praticidade e segurança dos pagamentos sem contato, e continuarem a preferir esses modelos mesmo após encerradas as restrições de circulação. Outro movimento forte foi, sem dúvida, a compra por outros canais – como redes sociais e aplicativos.
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> Plataformas digitais são meio mais usado para transferir dinheiro a outro país
– Essas mudanças devem acelerar a adoção pelo varejo do que chamamos de Unified Commerce, que integra as operações on-line e offline e permite ao varejista criar jornadas de compra entre diferentes canais. Essa tendência coloca o controle de onde e como comprar totalmente nas mãos dos consumidores – diz Nunes.
Mas, sem dúvida, com a popularização das tecnologias de pagamento sem contato, cresce a preocupação com a segurança. E o aumento das transações on-line muitas vezes vem acompanhado de um crescimento nas tentativas de fraude.
Nunes lembra que a principal resposta contra os roubos on-line é tecnologia:
– Nosso algoritmo de machine learning analisa diversos tipos de dados durante a transação para entender quem é aquele comprador e identificar a chance de eventuais golpes. Por exemplo, no caso de cartão de débito, a tecnologia 3DS 2 evita redirecionamentos sem contexto do consumidor à página do banco. Novidades como essas levam a um aumento na taxa de aprovação e também a uma diminuição no índice de abandono de carrinho graças a uma experiência mais intuitiva – explica.
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E vale lembrar: a “engenharia social” ainda é fator determinante para fraudes digitais. Por isso, cuide bem de suas senhas, de seus cartões de crédito e, ative autenticações em 2 fatores e notificações de transações por SMS ou WhatsApp e confira com frequência os registros bancários. Ao menor sinal de algo estranho, notifique bancos e estabelecimentos.
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