Alana Xavier chegou a Florianópolis em busca de emprego. Desempregada há seis meses, ela passou a noite na fila para poder ser uma das primeiras a receber atendimento no 5º Feirão de Empregos realizado pelo Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (IGEOF) e prefeitura. São oferecidas 1,5 mil vagas – a maioria para área de serviços gerais, comércio e indústria. Alana espera conseguir uma oportunidade:

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Outras pessoas também buscavam emprego na fila que reunia mais de mil candidatos na manhã desta quinta-feira (16). Mais de 20 empresas ofereciam empregos imediatos, alem de cursos profissionalizantes.

3,8 mil empregos perdidos

O feirão, inclusive, vem em boa hora. No primeiro quadrimestre do ano, Floripa fechou 3.896 empregos. Desse total, grande parte ocorreu no comércio varejista (-1.762 vagas) e na área de alojamento e alimentação (-1.498). No mês de abril – os dados mais atualizados até agora – a Capital registrou o pior resultado no Estado. Foram 1.080 empregos perdidos, com destaque para a área de alojamento e alimentação, na qual o saldo negativo foi de 510 vagas, em comércio e administração de imóveis (-308) e comércio varejista (-277).

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Para contrapor esta perda, as oportunidades desta semana serão ofertadas por mais de 20 empresas. Devem passar pelos stands no centro cerca de 100 mil pessoas, acredita o superintendente do IGEOF, Ronaldo Torquato. Na última edição do feirão, cerca de 60 mil compareceram. Com o agravamento da crise, portanto, o número deve aumentar.

Torquato lembra que, mesmo se a vaguinha não rolar desta vez, o currículo do trabalhador fica cadastrado no Balcão de Oportunidades Municipal (BOM), inaugurado em janeiro deste ano, e pode ser encaminhado para outra oportunidade de emprego que surgir.

Professor é exemplo de que pode dar certo

O professor Antônio José de Souza, que hoje trabalha para uma empresa de capacitação e que presta apoio em cursos realizados no IGEOF, é um case de sucesso do feirão de empregos. Assim que chegou em Floripa, há três anos, viu na oportunidade a chance de se dar bem.

— Vi que ocorreria uma feirão, e como não conhecia bem as empresas, percebi que era o local certo. Dias depois eu recebi a ligação para trabalhar justo na minha área, em treinamentos e capacitações para vendas. E hoje, inclusive, trabalho dentro do IGEOF orientando as pessoas que estavam na mesma situação que eu — comemora.

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A dica dele, já que o empregador está mais seletivo e exigente com o momento delicado na economia, é mostrar motivação na hora da entrevista. Mas estar capacitado também é fundamental.

— Muita gente com escolaridade ou boa experiência chega aqui disposto a trabalhar em qualquer coisa. Nesse sentido, oferecemos alguns cursos para o pessoal se adequar à demanda que chega — explica a chefe do departamento de trabalho e renda do IGEOF, Natália Costa.

Atualmente, o instituto oferece cursos de inglês, noções administrativas (uma das principais demandas), design gráfico, montagem e manutenção de computadores, e técnica de vendas. As capacitações são gratuitas. O IGEOF fica na rua Deodoro, 209, no Centro.

Algumas das empresas que participaram

*Angeloni

*Grupo Nexxera

*Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)

*Senac Saúde e Beleza

*Employer RH

*Grupo Orcali

*Safe Park

*Farmácia Pague Menos

*Studio Z/ Gabriela Calçados

*Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE)

*JBS Foods

*Jurerê Internacional

*Sematec

*DP Empresarial

Documentação necessária:

*Carteira de trabalho;

*Documentos de identificação como identidade ou Carteira Nacional de *Habilitação;

*CPF;

*Currículo impresso.