O esperado 5G vai dar fim às antenas parabólicas de TV no Brasil. Isso porque o sinal das antenas ocupa, atualmente, uma das faixas de frequência que será utilizada pela nova banda larga.
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A sobreposição das redes atrapalharia a nova tecnologia. Por esse motivo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que o sinal utilizado pelas parabólicas – banda C (faixa de 3,5 GHz) -, que será usado pelo 5G a partir de agora, passe para a banda Ku (faixa que opera entre 10,7GHz e 18 GHz).
Nesta quinta-feira (4), ocorreu no Brasil o leilão do 5G para que a nova tecnologia comece a operar no país. As principais faixas da banda larga foram arrematadas pelas maiores operadoras de telefonia – Claro, Vivo e Tim -, que serão responsáveis por parte das novas instalações.
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Como essa troca vai acontecer
Para que a nova mudança aconteça, as empresas que compraram as faixas do 5G terão que cumprir com algumas condições impostas pela Anatel. Uma delas é a distribuição de receptores e antenas capazes de transmitir o sinal de TV, nessa nova banda – Ku – para os brasileiros que ainda utilizam parabólica.
A troca será financiada pelas empresas de telecomunicação à pessoas de baixa renda. Sobre a disponibilidade de compra do novo aparelho, por pessoas que não fazem parte do Cadúnico, ainda não há informações.
Em pesquisa feita pelo IBGE, em 2019, 27% dos brasileiros possuíam antena parabólica.
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As revendedoras de Florianópolis afirmam que ainda não sabem sobre como vai funcionar o processo. No entanto, a Unifique, empresa de telecomunicação de Timbó, informou que o processo ainda está no início. A empresa comprou algumas faixas do 5G e ficará responsável por subsidiar a nova tecnologia a cidades com menos de 30 mil habitantes, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Quando vai acontecer a troca
De acordo com a Anatel, o 5G deve começar a funcionar nas capitais brasileiras em julho de 2022. Esse processo será feito pela Claro, Vivo e Tim. Para que a nova tecnologia chegue no país todo, o prazo dado pela Anatel para as empresas é julho de 2029.
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A Unifique, que vai subsidiar a banda larga em algumas cidades, informou que o processo de troca deve começar no primeiro trimestre do próximo ano.
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A Anatel informou que a mudança vai ser parecida com a troca do sistema de TV analógico para o digital. O processo não vai acontecer de uma hora pra outra. A nova tecnologia vai ser instalada aos poucos no Brasil.
Outras banda largas
O membro do Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos e diretor de soluções da Nokia na América Latina, Wilson Cardoso, explicou ao G1 sobre a nova tecnologia.
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Segundo ele, na utilização do 3G não era possível utilizar Uber, por exemplo. Isso porque o aplicativo pede informações de localização e velocidade, que não estavam disponíveis com a antiga banda larga. Assim como o envio de fotos e vídeos que demorava para ser concluído.
Com o 4G, é possível ver vídeos nas redes sociais e repassar mídias em poucos segundos, conforme explica o especialista. O 5G tem possibilidade de operar até 100 vezes mais rápido do que o 4G.
Cronograma da Anatel
O G1 divulgou o cronograma previsto pela Anatel para instalação da 5G no país todo.
- 31 de julho de 2022: capitais tendo uma ERB a cada 100 mil habitantes;
31 de julho de 2023: capitais tendo uma ERB a cada 50 mil habitantes;
31 de julho de 2024: capitais tendo uma ERB a cada 30 mil habitantes;
31 de julho de 2025: capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes tendo uma ERB a cada 10 mil habitantes;
31 de julho de 2026: cidades com mais de 200 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
31 de julho de 2027: cidades com mais de 100 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes; - 31 de julho de 2028: pelo menos 50% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
- 31 de julho de 2029: todas as cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes.
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*Sob supervisão de Vinicius Dias.
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