Publicada neste domingo (5) pelo jornal “Folha de S.Paulo”, pesquisa Datafolha aponta que 59% dos brasileiros são contra a renúncia do presidente Jair Bolsonaro em meio à atuação na crise do coronavírus no Brasil. Outros 37% desejam que ele renuncie, e 4% não sabem dizer.

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O instituto entrevistou 1.511 pessoas por telefone entre os dias 1º e 3 de abril. A margem de erro da pesquisa é de três pontos.

Renúncia de Jair Bolsonaro

– Deveria renunciar: 37%

– Não deveria renunciar: 59%

– Não sabe: 4%

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Conforme o Datafolha, o maior apelo dentre os que rejeitam a renúncia está entre os que ganham de 5 a 10 mínimos (69%), homens (65%) e quem ganha de 2 a 5 salários mínimos (64%).

Já entre os que acreditam que Jair Bolsonaro deve renunciar à Presidência, a maioria são jovens (44%), seguido pelas mulheres (42%), os que têm até o ensino fundamental (40%) e os com renda mensal acima de 10 salários mínimos (39%).

O Sul do país é a região que menos apoia a renúncia (28%), seguida de Norte e Centro-Oeste (30%) e Sudeste (37%). O Nordeste registra o maior índice de apoiadores para que o presidente renuncie ao cargo (47%).

O Datafolha também perguntou aos entrevistados sobre a capacidade de liderança do presidente da República.

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Capacidade do presidente de liderar o país

– Tem condições: 52%

– Não tem condições: 44%

– Não sabe: 4%

O instituto informa ainda que o presidente é visto como capaz para 62% dos ouvidos na região Sul, 60% no Norte/Centro-Oeste, 49% no Sudeste e 47% no Nordeste, onde empata, na margem de erro, com os que o acham incapaz (49%).

Estudantes são os que mais acham que o presidente perdeu condições de liderar (57%), enquanto empresários são os que mais o veem como capaz (65%).

Entre os mais ricos, há um empate. A avaliação positiva é maior entre os mais velhos (59%) e com renda entre 5 e 10 salários mínimos (62%).

Ainda conforme o Datafolha, Bolsonaro pontua melhor que na média em sua tradicional base de apoio, os evangélicos. Nesse espectro, 64% não querem a renúncia dele e 60% acham que o presidente ainda reúne condições de governar o país.

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