O dia em que as pessoas vão tirar as mais coloridas e velhas roupas do armário está chegando. Sábado, ocorre o 53º Baile Caipira de Indaial, também conhecido como Festa do Ridículo. Este ano, o evento mudou de local e a festa inicia às 22h no Caramba’s Hiperclub.
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O administrador da Sociedade Recreativa Indaial, Júlio Ferreira, explica que a transferência ocorreu por vários motivos, desde a necessidade de uma estrutura maior até episódios de perturbação de sossego, já que com a localização central do clube as ruas próximas ficavam cheias e comprometiam a tranquilidade dos moradores e segurança dos participantes da festa.
Entre as atrações da noite estão a banda Nova Blumenau, a banda Elyte e o cantor brega Falcão. Em entrevista por telefone, o multicolorido cantor contou como é ser brega hoje:
Santa – Como é ser um legítimo cantor brega hoje?
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Falcão – Não sou o brega autêntico, pois faço uma brincadeira em cima do palco. É uma vertente nova dentro do brega. Já comecei assim porque sempre gostei do ritmo e do universo brega. Quando comecei a compor já era mais ou menos neste estilo e nunca mudei não. As roupas é que foram ficando cada vez mais bregas. No início, minha mãe fazia alguma coisa. Hoje, quando passo pelas cidades para fazer show, compro o que encontro de mais brega para incrementar o figurino.
Santa – Ser brega é um diferencial importante para manter um público de todas as idades?
Falcão – Com certeza, as pessoas são muito ligadas nesta história do colorido, da fantasia e da brincadeira. Nas roupas, então, é hora da pessoa ir ao guarda-roupa ver o que tem de mais velho, aquilo que nunca mais usou, pegar da mãe, da avó, da sogra e se divertir.
Santa – Há muitas festas deste ritmo em todo o Brasil. Você faz muitos shows nestes eventos?
Falcão – Ah, sim, a maioria dos shows que faço são em festas deste estilo. Pelo Brasil, tem Festa do Cafona, Festa do Ridículo, Festa de Raul Brega, todos os nomes são a mesma coisa. No fundo, o importante é a alegria e as pessoas se sentirem mais livres para usar o que quiserem, brincar do jeito que quiserem porque é uma espécie de baile à fantasia.
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Santa – Por que é bom ser brega?
Falcão – Ser brega é bom, pois é ser autêntico e livre de qualquer imposição de moda ou de comportamento. O brega não tem compromisso com ninguém. É muito bom.