Iniciada no começo do século XVI pelo jovem monge Martim Lutero, a Reforma Luterana foi um levante contra a imposição de dogmas defendidos pela igreja católica da época. Uma das inúmeras reformas cristãs, a defendida por Lutero iniciou um movimento diferenciado: a defesa de uma liberdade religiosa mais próxima da realidade e das necessidades dos fiéis.
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Com a publicação das 95 teses, o texto-chave escrito em defesa da salvação pela fé e considerado desafiador pelas autoridades católicas, o monge viu sua teoria ser defendida ao mesmo tempo em que se tornava mártir da própria ideologia. Processado por heresia pela igreja católica, ele foi excomungado e exilado por um ano. Com o advento da imprensa por Johannes Gutenberg, a população teve acesso aos escritos de Lutero e o movimento da Reforma começou a crescer em toda a Europa. Quando convocado para desmentir suas teses na Dieta de Worms, o reformador continuou a defendê-las, mesmo na iminência dos riscos à sua vida.
Um marco de liberdade religiosa
A Reforma é um marco na história da humanidade e os seus reflexos são sentidos até hoje. A tradução da Bíblia para o alemão (a língua do povo) e a escrita de centenas de escritos teológicos são alguns dos exemplos. A preocupação com questões sociais; a redescoberta de uma nova forma de fé e que não vende o perdão; o resgate da música comunitária e dos coros religiosos, a criação de escolas comunitárias para educar as crianças e o protagonismo das pessoas na condução de suas ações, a partir de uma clareza maior sobre as funções do Estado e da Igreja são algumas das liberdades defendidas por Lutero.
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Se antes os Luteranos defendiam o fim do celibato e a abertura para a ordenação de mulheres, hoje são considerados uma das comunidades mais abertas ao diálogo de questões contemporâneas. As mulheres representam 33% da ordenação na comunidade religiosa, que teve seu marco da divulgação das teses, em 31 de outubro de 1517, abriu caminho para o diálogo mais próximo ao cotidiano.
Os 500 anos de história não apagaram as ideologias defendidas pelo reformador, muito pelo contrário. Com cerca de 30% da população alemã, terra natal da Reforma Protestante, continua protestante. Incluindo a chanceler Angela Merkel, que é filha de um pastor luterano. No Brasil, estima-se que mais de 1 milhão de pessoas são adeptas ao luteranismo.
Conteúdo patrocinado pela Igreja Luterana e produzido pelo Estúdio de Projetos Especiais & Brands