A luz de alerta está acesa para 50 municípios catarinenses em relação ao mosquito Aedes aegypti. Eles apresentam alto e médio risco de transmissão de dengue, zika e chikungunya, segundo o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa). A inspeção, que é uma recomendação do Ministério da Saúde, foi realizada neste mês por 63 dos 64 municípios considerados infestados. Só São José ainda não realizou o levantamento, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive-SC).

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— Tanto o médio como o alto risco preocupam, porque indica o índice de infestação predial, ou seja, qual a presença de mosquitos e larvas nos municípios. O levantamento mostra que há uma grande presença nestes municípios, o que gera o risco de ter transmissão — explica o coordenador do Programa de Controle da Dengue da Dive, João Fuck.

O número de cidades com alto risco de transmissão saltou de uma em novembro- São Domingos, no Oeste – para 17. Dessas, 15 estão no Oeste e duas no Litoral Norte (Balneário Camboriú e Itajaí). Já as de médio risco somam 33 cidades. Além disso, os outros 13 municípios estão enquadrados como baixo risco.

De acordo com o levantamento, 45 mil depósitos continham água parada, ou seja, todos potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti. A maioria era lixo ou sucata e depósitos móveis, como balde, prato de planta e bebedouro de animais

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A Dive-SC também divulgou nesta quinta-feira a situação dos focos do mosquito no Estado. Foram identificados 5.621 focos em 122 municípios, um aumento de 67,8% se comparado ao mesmo período do ano de 2017.

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Além disso, até dia 17 de março, o Estado registrou dois casos de chikungunya, contraídos em Cunha Porã. Esses são os primeiros casos da doença em SC (até então todos eram de outros Estados). A cidade do Oeste também teve um caso importado, assim como Itajaí e Tubarão. No total, são cinco casos da doença. Também foram confirmados três casos de dengue, todos importados. Até o momento nenhum caso de zika foi identificado.

Aumentou ainda o número de municípios infestados pelo Aedes aegypti no Estado: agora são 65. Em comparação ao último boletim, houve a inclusão do município de Iraceminha, no Oeste.