A fase de pintura das paredes é recorrente em dúvidas, uma vez que a escolha da tinta vai muito além da seleção de cores: outros requisitos importantes devem ser considerados antes de definir o material. Hoje em dia não basta abrir a lata, preparar a tinta e aplicá-la na parede. Com um leque variedade de produtos para diferentes tipos de superfície, a tinta certa resulta na estética esperada para o décor, se alia ao estilo de vida dos moradores e contribui para a longevidade do trabalho.

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“Antes de pensar na tinta, sempre analisamos o estado da superfície que será pintada. É primordial que a parede esteja regularizada, lixada e com o acabamento perfeito. Esses cuidados contribuem para o resultado, pois as tintas acetinadas e com brilho destacam as irregularidades. Eu sempre recomendo o acrílico fosco, que é mais resistente e pode ser lavado com esponja”, esclarece a arquiteta Marina Carvalho, à frente do escritório que leva seu nome.

1. Escolha a tinta de acordo com o ambiente

Cada tipo de tinta é destinado para uma situação específica. Entre elas estão aquelas que exalam ou não o odor do material, antimofo e com ação antibactericida, entre outras especificidades encontradas no mercado de construção. Contudo, é preciso analisar também qual ambiente ela será aplicada, na parte interna ou externa do imóvel. 

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Por mais que uma tinta de área externa também possa ser aplicada internamente, o contrário pode acabar não dando um resultado satisfatório. “Na parte interna da casa podemos contar com o látex ou acrílico. Já na parte externa, o recomendado é trabalhar apenas com o acrílico”, recomenda a profissional. 

2. Opte por tintas acrílicas ou epóxi para espaços úmidos

Quando o assunto é pintar um ambiente úmido como lavanderias, banheiros e cozinhas, existem dois tipos de tintas indicados para os locais. A primeira delas é a acrílica, que oferece maior resistência em relação à umidade: algumas marcas contam com proteção antimofo e são laváveis. 

Para garantir maior durabilidade do produto, em alguns casos é recomendada a utilização de um selador como estratégia para preparar a superfície antes da pintura. Outra indicação para áreas molhadas são as tintas tipo epóxi, reconhecidas como as mais resistentes do mercado, com alta durabilidade e capacidade de impermeabilização.

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Escolher a textura ideal para cada superfície mantém a longevidade da tinta (Imagem: Evelyn Müller | Projeto: Escritório Marina Carvalho)

3. Verifique a textura da tinta

Cada ambiente da casa necessita de acabamentos de tinta diferentes. Esse cuidado com a parede vai além da questão estética, uma vez que escolher a textura ideal de uma superfície resulta em mais longevidade e menos dor de cabeça. Para paredes sem imperfeições, o acabamento mais indicado é o semibrilho, que oferece boa resistência em áreas molhadas, evitando a proliferação de mofo no ambiente, e traz uma textura reluzente. “É ótima para quartos infantis, já que resiste a arranhões, riscos e é de fácil limpeza”, orienta Marina Carvalho.

O acabamento acetinado é outro estilo recomendado para ambientes molhados e harmoniza superbem com os tons mais claros. Porém, o retoque desse tipo de acabamento é um pouco mais difícil de ser feito: com isso, o ideal é que a parede escolhida não fique suja com facilidade. 

O acabamento fosco, por sua vez, é perfeito para revestir paredes com imperfeições, visto que ajuda a disfarçar a diferença no nível da superfície. No entanto, não é recomendado para qualquer tipo de ambiente, pois suja com facilidade, é uma limpeza complicada e tem pouca resistência à água.

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4. Considere a vida útil do produto

Por mais que tipo de tinta tenha um tempo de vida útil, o desgaste e a renovação da pintura dependerão de fatores como clima, exposição ao sol, forma de aplicação, entre outras questões. Entretanto, quando se utiliza tinta de boa qualidade e as paredes são preservadas de agressões, a pintura pode ser mantida por até 10 anos. 

De acordo com Marina Carvalho, os principais indicadores para uma nova pintura são fatores como bolhas, desbotamento e descascamento. “Esses ‘sintomas’ mostram para o morador que já hora de dar uma renovada na pintura. Eu recomendo a cada 5 anos, pelo menos”, aconselha. 

5. Utilize produtos adequados para pintar outras superfícies

A pintura de uma casa não se restringe apenas às paredes, haja vista as cores nos ambientes também estão presentes em outras superfícies como portas de madeira e metal. Nestes casos, Marina Carvalho recomenda o uso de esmalte acetinada, à base de água, pois o produto com solvente pode amarelar com o tempo se a tinta for branca.

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A arquiteta faz questão de lembrar de outra parte dos ambientes que também tem muita importância. “Não podemos nos esquecer do teto, pois ele é tão importante quanto a parede. Nesta área, a melhor opção é o látex fosco que tem boa durabilidade, fácil aplicação e é resistente ao mofo”, finaliza a arquiteta. 

Por Leonardo Sandoval