A tragédia do Ninho do Urubu foi uma das maiores do futebol brasileiro. Nesta quinta-feira (8), o incêndio no alojamento no Centro de Treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, completa cinco anos. Dez atletas da categoria de base do clube, incluindo dois catarinenses, morreram naquele 8 fevereiro de 2019, outros 16 sobreviveram.

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Entre as 10 vítimas do incêndio do Ninho do Urubu estão dois catarinenses. O jovem Bernardo Pisetta, de 14 anos, de Indaial, no Vale do Itajaí, e Vitor Isaías, de 15 anos, de São José, na Grande Florianópolis, moravam no alojamento na época do incêndio e morreram no local.

Os meninos do Ninho do Urubu tinham entre 14 e 16 anos de idade. Cinco anos depois, ninguém ainda foi punido criminalmente pela tragédia. Nove famílias das vítimas fatais fizeram acordos com o Flamengo. A única a não aceitar a proposta do clube carioca foi a mãe do goleiro Christian Esmério, que tinha 15 anos.

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Relembre o incêndio do Ninho do Urubu em fotos

Três sobreviventes continuam no Flamengo

Dos 16 meninos que sobreviveram ao incêndio no Ninho do Urubu, apenas três continuam no Flamengo. Dyogo, de 20 anos, é goleio no sub-20 do Rubro-Negro. Rayan Lucas, 19 anos, é volante e jogou conta o Sampaio Corrêa no Campeonato Carioca deste ano.

O outro sobrevivente que continua no clube é Jhonata Ventura, de 20 anos. Ele atuava como zagueiro, e ficou internado em estado grave durante muito tempo. Jhonata não conseguiu retomar a carreira de jogador e hoje trabalha como scout (pessoa responsável pela contratação de promessas para a base) no Flamengo.

Entre os outros 13 sobreviventes, a maioria ainda batalha por uma carreira como jogador profissional. Um exemplo é Cauan Emanuel, de 19 anos, que jogou pelo Fortaleza até o fim de 2023. Segundo o ge, o menino se diz disposto a abandonar o sonho de jogar profissionalmente.

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— É uma data que fico fora das redes sociais, não apareço, respeito o momento e me coloco na vida dos meus colegas, das famílias. Nasci de novo e meus companheiros morreram – comentou Cauan.

Como estão os outros sobreviventes da tragédia no Ninho do Urubu

  • Caike Silva – 19 anos – atua no Barra em Santa Catarina
  • Felipe Cardoso – 20 anos – atua no Santa Cruz em Pernambuco
  • Filipe Chrysman – 21 anos – contratado pelo Central de Caruaru em Pernambuco
  • Gabriel de Castro Ribeiro – 20 anos – joga no futebol amador de Franca, no interior Paulista
  • Jean Sales – 21 anos – defende o Santa Clara em Portugal
  • João Vitor Gasparin Torrezan – 19 anos – joga no Trieste, clube amador de Curitiba
  • Kayke Campos – 20 anos – defende o Hatta Clube dos Emirados Árabes
  • Kennyd Lucas – 19 anos – foi emprestado ao Porto B pelo Goiás
  • Naydjel Callebe – 19 anos – migrou para o futsal
  • Pablo Ruan – 21 anos – atua no Londrina no Paraná
  • Samuel Costa – 21 anos – atua no Azuriz no Paraná
  • Wendel Alves – 19 anos – atua no sub-20 do Internacional no Rio Grande do Sul

Os processos em curso

Nove pessoas, incluindo o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello, são réus no principal processo que está em andamento na 36ª Vara Criminal. Ninguém foi punido até o momento.

Há ainda um processo correndo na 3ª Câmara Criminal em segredo de Justiça. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro também tem uma ação em que pede pensão vitalícia para as famílias das 10 vítimas fatais.

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O único caso em que não houve um acordo para indenização, da família de Christian Esmério, aguarda alegações finais e sentença, podendo haver recursos. Enquanto isso, a família recebe uma pensão do Flamengo até que o acordo seja realizado.

Leia a nota do Flamengo sobre os cinco anos da tragédia

“Amanhã (quinta) fará cinco anos da maior tragédia da história do Flamengo. Perdemos dez jovens atletas e não podemos – nem queremos – esquecer disso. Temos que rememorar nossos jovens eternamente, a cada dez minutos de cada jogo e sempre.

Será um dia muito difícil para as famílias daqueles dez jovens atletas e isso consterna a todos nós e nossa grande torcida. É dia de lamentar e de pedir a Deus por eles. Dia de nos solidarizarmos com as famílias e dar condolências.

O clube recebeu várias consultas de muitos veículos de comunicação. Sinteticamente, o clube tem a dizer o seguinte:

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Desde o trágico dia, o clube prestou toda assistência às famílias, tanto psicológica, como financeira.

Após algum tempo e independentemente de processo judicial, o clube firmou acordo com nove das dez famílias que tiveram vítimas fatais e com todos os sobreviventes. Essas famílias consideraram justos os valores da indenização e os aceitaram.

A única família que não aceitou o acordo recebe, mensalmente, uma pensão do clube, independentemente de processo judicial, e o Flamengo continua aberto para alcançar uma composição com eles, a quem muito preza.

O Flamengo tem o maior respeito e carinho pelas famílias, de modo que externamos aqui, mais uma vez, nossos mais sinceros sentimentos a todos.

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SRN”

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*Pablo Brito é estagiário sob a supervisão de Diogo Maçaneiro

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