Em Joinville, 38 pessoas foram condenadas em um mesmo julgamento por crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação ao tráfico nesta terça-feira (20). Eles foram detidos após a Operação Progresso, feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em 2019.
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Os crimes eram cometidos por uma organização criminosa dentreo do Presídio Regional de Joinville. Segundo a denúncia do Ministério Público, 41 pessoas foram identificadas como integrantes ou associadas a esta organização criminosa. Entre eles, está uma advogada, além de esposas de detentos e adolescentes, que colaboravam com a atividade criminosa.
Mesmo presos, os acusados comandavam o tráfico de drogas. Com interceptação telefônica e cumprimento de mandados de busca e apreensão, a polícia localizou drogas e diversos manuscritos da facção criminosa. Alguns papéis indicam vinculação a outras duas organizações sediadas em outros estados.
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Segundo o Ministério Público, eles contavam com ajuda para levar aparelhos celulares e drogas para dentro da unidade prisional. A equipe de investigação apurou a forma e modo como as esposas e parentes preparavam as drogas ilícitas para serem entregues aos presos.
Por causa da pandemia da Covid-19, os quase 30 acusados presos provisoriamente foram ouvidos por meio de um sistema de videoconferência, que chegou a ter 20 usuários conectados simultaneamente. A ação penal ouviu 14 testemunhas. O processo chegou a sete mil páginas, com uma sentença de 227 páginas. Os condenados podem recorrer ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina.