As faíscas e o barulho assustaram alunos e professores na última sexta-feira, após um curto-circuito atingir salas de aula da Escola Básica Nossa Senhora Conceição, no bairro Roçado, em São José, deixando 340 estudantes do 1º ao 5º anos do ensino fundamental sem aulas desde então.
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Mas, segundo os pais, este não é o único problema que o antigo prédio da unidade de ensino, construído em 1940, com uma ampliação na década de 1990, enfrenta. São 850 estudantes que precisam lidar com alagamentos que ocorrem com frequência, goteiras, cheiro forte de fossa, banheiros entupidos, falta de ventiladores nas salas, entre outras coisas.
Com a interdição parcial desde há quase uma semana, os pais resolveram se unir na manhã desta quarta-feira para protestar e exigir melhorias:
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— Toda vez que chove alaga todo o pátio e fica impossível chegar no prédio de trás, que é o mais antigo. Agora aconteceu isso com a fiação. Meu marido foi levar nossa neta e foi avisado que não teria aula essa semana. Essa é a única escola do bairro, precisa de uma reforma urgente — conta a manicure Cristiane Machado.
Ela acrescenta que já trabalhou como auxiliar de limpeza na instituição e sempre acompanhou de perto os problemas constantes na estrutura antiga, que quase não passa por reformas.
Da mesma preocupação compartilha a diarista Adriana Leite Rosa, mãe de um aluno do 3º ano.
— Já tinham salas interditadas por problemas em vigas, e na sexta as crianças precisaram sair correndo por causa das faíscas. Com esses curto-circuitos acontecendo, a gente fica até sem coragem de mandar os filhos pra aula. Fizemos essa manifestação e vamos fazer outra para exigir uma reforma — destacou.
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Secretaria de Educação está providenciando consertos
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Educação informou que até amanhã serão feitos reparos na parte elétrica e a revitalização dos pilares. Paralelo a isso será lançada a licitação, que já estava prevista, para fazer a drenagem da escola e revisão da cobertura.O reparo é necessário, principalmente, devido à construção de quadras esportivas no terreno vizinho, o que fez com que a escola ficasse mais baixa e, por isso, o acúmulo de água. De acordo com a Secretaria, com o serviço de drenagem a expectativa é que o mau cheiro seja eliminado.