A Diretoria de Vigilância Epidemiológica divulgou nesta quinta-feira as ações para intensificar a prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante o Carnaval. Serão distribuídos três milhões de preservativos em todo o Estado no período. As infecções mais preocupantes são o HIV, sífilis e as hepatites virais.

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Em 2015, foram notificados 31,9 casos de HIV a cada 100 mil habitantes, o segundo maior índice do Brasil, atrás apenas do Rio Grande do Sul. Entre 1984 e 2015, 43 mil casos de Aids foram registrados em SC. O que impressiona, segundo o superintendente da Vigilância em Saúde Fábio Gaudenzi, é o aumento dos casos entres jovens dos 15 aos 29 anos:

— As gerações mais novas, que não viveram os anos 1980, não se preocupam tanto e estão usando menos camisinha, tanto que um a cada três adolescentes admitem iniciar a vida sexual sem proteção — afirma.

Para aumentar a conscientização no período do Carnaval, serão realizadas ações nos pedágios da BR-101, com a entrega de um kit para os motoristas, por meio de totens distribuídos em pontos estratégicos das cidades, dispenser de preservativos no aeroporto e na rodoviária da Capital e a presença do “homem-camisinha” nos blocos de carnaval.

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As ações também pretendem reforçar a profilaxia pós-exposição (PEP), uma forma emergencial de prevenção da infecção pelo HIV para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente. A medida deve ser realizada até 72 horas após o contato e ocorre por meio da administração de três comprimidos diários por 28 dias. A profilaxia bloqueia a transmissão do HIV, quanto mais cedo for administrada, mais eficaz é o tratamento.

Pelo site www.aids.sc.gov.br é possível buscar locais que oferecem a PEP e o teste rápido para HIV, sífilis, hepatite B e hepatite C em Santa Catarina.

Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

O aumento nos casos de sífilis também assusta os profissionais de saúde, segundo Gaudenzi, pois a infecção voltou com força nos últimos anos, uma consequência da mudança no comportamento das pessoas. Apenas em 2015, foram registados 5.706 casos no Estado, 475 transmitidos de forma congênita.

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A Dive também reforça a importância da vacinação dos adultos contra a hepatite B de forma correta, cumprindo as três doses necessárias para a eficácia da vacina. Os dados demonstram que a maior parcela da população com a infecção tem entre 30 e 49 anos e vive na região Oeste do Estado.

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