– Quem vem uma vez, quer vir sempre – garante o joinvilense Denílson Dalcastgne.

Continua depois da publicidade

É o caso dele com a Festa da Tainha, em Balneário Barra do Sul. Há três anos Denílson e a família participam do evento, que chega ao fim neste domingo, depois de seis dias. Em oito pessoas, a família dividiu dois pratos de tainha: uma recheada e outra grelhada.

Apesar dos shows nacionais agradarem, a família Dalcastagne foi à festa de Barra do Sul para aproveitar o dia – apesar do frio, o domingo ficou ensolarado. Já a família de José Pereira, 53 anos, que há dois reside em Barra do Sul, estava preparada para curtir o show de Munhoz e Mariano na noite de domingo.

– Gostamos da festa por causa do atendimento dos restaurantes e dos shows – afirmou Fátima Rizzo.

Esta é a 23ª edição da Festa da Tainha. A expectativa da organização é que, entre os visitantes das tendas montadas na Boca da Barra e o público dos shows que ocorrem à noite, cerca de 80 mil pessoas tenham passado pelo evento nestes seis dias – cerca de 10 vezes mais do que a população cidade litorânea.

Continua depois da publicidade

Para ela, foram reservados cerca de 20 toneladas de peixe. Destes, pelo menos 10 toneladas de tainha vieram da Peixaria da Barra, que além de fornecer para os outros restaurantes, também monta um estande com pratos de tainha. Eles calculam que tenham vendido mais ou menos 2 mil tainhas durante o evento.

– Economicamente não vale tanto a pena, mas há o prazer de criar os pratos e estar aqui – avalia um dos proprietários, Fernando Teixeira.

Além da gastronomia e dos shows, a festa também conta com a presença de artesãos da região. Um deles é Alexandre Madalena de Oliveira, 31 anos, de Gravatal. Alexandre faz parte da quinta geração da família a produzir em máquinas de tear, e estava expondo os tapetes, mantas e jogos americanos ao lado da mãe, Maria Aparecida. Ao lado, a máquina utilizada para a fabricação dos produtos chamava a atenção.

– Esta máquina foi restaurada pelo meu pai, então tem partes novas, mas ela foi construída há mais de 300 anos. Com ela, minha avó apareceu em uma cena da novela [A História de] Ana Raio e Zé Trovão – conta Alexandre.

Continua depois da publicidade