A combinação de calor e umidade traz mais que desconforto térmico para os moradores do Vale do Itapocu. Esta é a condição ideal para a proliferação do caramujo africano, molusco encontrado em jardins que é transmissor de parasitas e podem resultar em meningite e angiostrongilose abdominal (doença que cria lesões no intestino). Apenas em Corupá, a Prefeitura coleta semanalmente cerca de 200 quilos do animal.
Continua depois da publicidade
:: Leia mais notícias sobre o Vale do Itapocu ::
O secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Corupá, Jean Marcel Diel, explica que nos meses de verão a carga de caramujos aumenta muito na cidade – no inverno, são cerca de 30 quilos semanais. A coleta é feita, primeiramente, pelos próprios moradores, que depositam os animais nos 27 toneis espalhados pela cidade e exclusivos para este fim. Todas as sextas-feiras os toneis são esvaziados e seu conteúdo é levado para um depósito. Quando a carga chega a 800 quilos, tudo é enviado para Blumenau, em um aterro que faz a incineração.
Apesar de ainda não terem ocorridos casos das doenças transmitidas pelo molusco em Corupá, Jean alerta a população para o controle do caramujo e para a maneira correta de manuseá-lo. O fundamental é evitar o contato direto com o animal, fazendo a coleta com um saco plástico ou luvas. A indicação é que os moradores fechem o caramujo em um saco antes de descartá-lo nos toneis. Quando poucos espécimes são encontrados, também é possível eliminar o animal com sal ou cal virgem e enterrá-lo.
Continua depois da publicidade
Maior que o caramujo de jardim, o caramujo africano chega a medir 15 centímetros de comprimento. Outra característica da espécie é que sua casca tem tonalidade escura. Em Corupá, apesar da incidência em diversos pontos da cidade, há maior quantidade do molusco nos bairros Ano Novo, Bomplant e no João Tosini.