Nos anos 1990, Julie Delpy se destacou como uma das musas do cinema europeu trabalhando com grandes diretores – Krzysztof Kieslowski, entre eles. Mas a atriz, que ficou internacionalmente conhecida estrelando com Ethan Hawke a trilogia romântica iniciada com Antes do Amanhecer, sempre manteve em paralelo uma discreta carreira de diretora.

Continua depois da publicidade

Em cartaz a partir de hoje em Florianópolis, a comédia romântica 2 Dias em Nova York é o quinto longametragem que ela dirige. Trata-se de uma continuação de 2 Dias em Paris (2007), no qual Julie, à frente e atrás das câmeras, encarnou uma versão feminina de Woody Allen. No filme anterior, ela apresentara a personagem Marion, fotógrafa francesa um tanto neurótica que vivia nos Estados Unidos e estava de férias na Europa com o namorado americano.

Antes de voltar para casa, o casal decidiu passar por Paris, onde a convivência com os excêntricos pais de Marion e com os muitos ex-namorados dela provocou faíscas na relação. O longo explora os estereótipos e os preconceitos que franceses e norte- americanos enxergam uns nos outros e neles próprios. Agora, em 2 Dias em Nova York, Marion vive com Mingus (Chris Rock), um famoso apresentador de rádio. A rotina doméstica entra em ebulição quando os familiares dela chegam da França: o pai (interpretado pelo pai de Julie na vida real, Albert Delpy), sua irmã fogosa e seu namorado drogado.

O trio de visitantes não passa despercebido em lugar algum da cidade e testa a cada minuto a paciência do casal. O estresse da fotógrafa aumenta ainda mais, já que ela precisa lidar com a parentada inconveniente em meio aos preparativos de uma grande exposição de seus trabalhos. Já Mingus faz sua terapia conversando com um display de Barack Obama. Como no filme anterior, o choque cultural França- Estados Unidos responde por boa parte das piadas. O ator Vincent Gallo faz uma participação especial.

Continua depois da publicidade