As atividades laborais executadas nas unidades prisionais do Brasil, os produtos elaborados pelos reeducandos brasileiros e as empresas que oferecem vaga de trabalho no sistema prisional nacional serão expostas a partir desta terça-feira, 14, na 1ª Mostra do Sistema Prisional Brasileiro, que acontece no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis.
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Até quinta-feira, 17, os visitantes poderão conhecer o trabalho desenvolvido dentro das unidades prisionais do país, que vão de simples grampos de madeira à marcenaria elaborada.
A abertura acontece às 10h desta terça-feira no Teatro Ademir Rosa com a presença do governador Raimundo Colombo e dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Trabalho, Manoel Dias.
Peças de artesanato, malharia, roupas ecológicas, fogões, móveis, bicicletas, lâmpadas, brinquedos e jogos educativos, por exemplo, estão expostos em um espaço de 400 m². Também foi erguida uma casa, pré-fabricada na unidade prisional de Jaraguá do Sul, e mobiliada com tudo o que é feito nas penitenciárias e nos presídios de Santa Catarina.
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Estima-se que a Secretaria do Estado de Justiça e Cidadania tenha 280 convênios firmados com empresas que atuam dentro dos presídios catarinenses e, depois, acabam absorvendo os ex-detentos – auxiliando no processo de ressocialização.
O trabalho feito pelos detentos, geralmente por aqueles que possuem bom comportamento, é regido pelo Conselho Nacional de Justiça e pela Lei de Execução Penal.
– O Ministério da Justiça escolheu Santa Catarina para que as experiências laborais bem sucedidas sejam replicadas em outros estados – observa em nota o secretário adjunto da Secretaria de Justiça e Cidadania, Leandro lima.
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Trabalho pelo país
Na sala Lindolf Bell, no interior do CIC, estão expostas as atividades laborais desenvolvidas nos 25 estados brasileiros mais o Distrito Federal.
Internos em vias de conquistar liberdade e outros que já deixaram o sistema vão dar depoimento sobre o trabalho como agente de mudança da percepção do seu papel e da sua responsabilidade na sociedade.
– Os internos possuem habilidades como todos nós temos. E cabe a nós, gestores públicos, fazer com que eles desenvolvam isso para que criem oportunidades. Há um preconceito muito grande contra quem está privado da liberdade – avalia o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Edemir Alexandre Camargo Neto.
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Paralelamente à Mostra, acontecem seminários para debater temas ligados à políticas laborais penitenciárias, com a participação de autoridades, empresários e especialistas no assunto, reconhecidos nacional e internacionalmente. As inscrições para participar das conferências podem ser feitas em www.sjc.sc.gov.br/acadejuc.