Os turistas que vieram a Santa Catarina em janeiro ficaram em média 13 dias no Estado, vieram de carro e se hospedaram em imóveis alugados. Sete a cada 10 visitantes são brasileiros, sendo que praticamente três deles são gaúchos. Entre os estrangeiros, os argentinos predominaram.
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Esse é o perfil do visitante que curtiu as praias do litoral catarinense no primeiro mês deste ano, segundo extrato da Pesquisa Turismo de Verão, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) em São Francisco do Sul, Balneário Camboriú, Porto Belo, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Imbituba e Laguna. A pesquisa completa será divulgada em março.
O levantamento preliminar aponta que 75,7% dos turistas que frequentaram as praias catarinenses em janeiro residem no Brasil. Como já era de se esperar, os argentinos dominam entre os estrangeiros e respondem por 18,8% do total de visitantes. A participação dos hermanos no turismo catarinense aumentou, se comparado à pesquisa completa do ano passado, quando responderam por 10,7%. Para o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, esse resultado preliminar é positivo:
— A condição econômica deles melhorou, então eles procuram o Brasil para passar as férias de uma maneira mais econômica.
Já o Uruguai aparece com 2,8%. Dentre as cidades pesquisadas, Florianópolis é a que tem o menor percentual de turistas brasileiros (69,7%), já São Francisco do Sul tem a maior taxa (90,5%). Nas praias catarinenses, a maioria dos brasileiros são do Rio Grande do Sul (27,4%), o mesmo cenário aparece em Florianópolis (34,5%), Garopaba (52,9%) e Imbituba (41,2%). Já em São Francisco do Sul e Balneário Camboriú, inclusive pela localização, os paranaenses predominam. Em Laguna, os catarinenses são maioria, assim como em Porto Belo e Bombinhas, onde aparecem empatados com os gaúchos.
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Nas praias do Estado, a maioria dos visitantes chega com veículo próprio (74,7%), seguido por avião (12,2%). O imóvel alugado é o tipo de hospedagem utilizado por 40,3% dos entrevistados, já os hotéis por 31,3%. Os imóveis de parentes e amigos (18,1%) aparece em terceiro lugar. No ano passado, hotéis e pousadas lideravam, seguidos de perto por imóveis alugados. Essa mudança na hora de escolher onde se hospedar pode ser reflexo da situação do país, acredita Breithaupt:
— Mostra o nosso quadro econômico, o turista tem procurado passar as férias com menos recurso. Aí dividem uma casa, um apartamento em mais pessoas.
Porém em algumas cidades, há cenários bem distintos. É o caso de Imbituba, onde 70,6% dos turistas se hospedaram em hotéis. Em Porto Belo, Bombinhas e Laguna essa também é a preferência de boa parte dos visitantes.
O tempo médio de permanência no litoral de SC foi de 13 dias, com destaque para Laguna, Porto Belo e Bombinhas, onde supera 20 dias. Em Laguna, onde os turistas ficam por mais tempo, a média é de 23 dias. A própria pesquisa traz a justificativa: a maioria dos visitantes da cidade são residentes do Estado e cerca de um terço deles se hospedam em imóveis próprios. Ou seja, os visitantes têm casa de praia no município do Sul de SC e aproveitam o mês de férias no local. Já o menor tempo de permanência aparece em São Francisco do Sul, Balneário Camboriú e Imbituba, com nove dias.
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