De todos os trabalhadores catarinenses com mais de 18 anos, 4,3% deles se envolveram em algum acidente de trabalho nos últimos 12 meses e 16,3% sofrem com problemas crônicos na coluna. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 – Indicadores de saúde no mercado de trabalho, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também aponta Santa Catarina como líder em ocupação, com 65,1%.
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Entre os estados brasileiros, Santa Catarina é o sexto colocado em proporção de pessoas empregadas que sofreram acidente de trabalho no último ano. Nas estatísticas, SC está atrás apenas de Pará, Paraná, Roraima, Mato Grosso e Maranhão. Já no aspecto de problemas na coluna, o Estado é o que tem melhor resultado na Região Sul. Veja mais comparações e outros destaques abaixo.
Pesquisa nacional aponta diferenças entre população ocupada e desocupada
Segundo a pesquisa de 2013, 80% da população brasileira tinha 14 anos ou mais de idade. Esta parcela da população, considerada em idade de trabalhar, distribuía-se em 57,9% ocupada, 38,5% fora da força de trabalho e 3,5% desocupada. O rendimento médio mensal era R$ 2.073 para o regime noturno, e R$ 1.710 para os demais.
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Em 2013, o percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade que possuíam plano de saúde, médico ou odontológico, era de 28,9%. Mas o destaque era que entre as pessoas ocupadas, 32,5% tinham esse serviço, enquanto apenas 16,3% das desocupadas tinham algum plano de saúde. Já entre as consideradas fora da força de trabalho, 24,7% possuíam o serviço.
Quando a análise comparou o uso de serviços de saúde, os dados revelam que 67,9% dos ocupados consultaram algum médico no período de 12 meses, enquanto esse índice cai para 63,9% entre os desocupados. A diferença é menor quando a análise leva em conta a consulta ao dentista ou internação em hospitais. Para consulta odontológica, 48,6% dos ocupados foram ao dentista no último ano e contra 47,1% dos desocupados. Já internações por 24 horas ou mais, a relação é de 4,8% para ocupados e 4,2% dos desocupados.
Desocupados fumam, bebem e praticam mais exercícios
Sempre levando em conta dados nacionais, a proporção de fumantes entre os ocupados é menor que entre os desocupados, 15,1% e 17,2%, respectivamente. No aspecto de consumo de álcool, mais uma vez os desocupados apresentaram maior índice de consumo. Enquanto 17% de quem trabalhava havia ingerido “níveis abusivos” de bebidas alcoólicas no último mês, 20,5% dos desocupados alegaram esse hábito. Na perspectiva de consumo “bebe socialmente” os grupos foram equivalentes.
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Geralmente com mais tempo livre, os desocupados praticam mais exercícios (31%), enquanto 38,3% deles assistem televisão por mais de três horas por dia. Já entre os ocupados, a prática de exercícios físicos cai para 25,2% do grupo, e a TV é assistida por mais de três horas por 23,6% de quem trabalha.
Colesterol, depressão e dor nas costas
Nos aspectos de saúde, a proporção de casos de depressão é maior entre os desocupados, um a cada 10 desempregados apresentam sintomas de depressão. Já a necessidade de tomar remédios para dormir é maior entre os ocupados. Quem trabalha ainda lidera com vantagem a proporção de diagnósticos de colesterol alto, hipertensão arterial e dor nas costas.