Um surto de impetigo, doença bacteriana que atinge a pele, suspendeu as aulas da rede pública municipal em Imaruí, no Sul do Estado. Com a medida, cerca de 1,4 mil crianças ficarão sem aulas até o dia 25 deste mês, pois as unidades escolares vão passar por desinfecção. A doença é de fácil contágio e a suspensão das aulas foi uma das medidas encontradas para quebrar a corrente de infecção. Até o momento, cerca de 80 crianças já foram diagnosticadas com a doença.
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Os primeiros casos surgiram na semana passada no Centro de Educação Infantil (CEI) Carlos Gomes e rapidamente a doença se espalhou. As aulas no CEI foram canceladas logo em seguida e a partir de hoje foram canceladas nas demais instituições de ensino. Segundo o clínico geral e diretor do Hospital São João Batista, Airto Aurino Fernandes, a doença costuma aparecer todos os anos, mas com dois ou três casos, no máximo.
— A doença é de fácil contágio, basta uma criança contaminada entrar em contato com outra e já pega, o período de incubação leva cerca de 10 dias e o tratamento deve ser feito com antibiótico. Quando surgir qualquer sintoma de vermelhidão ou bolhas na pele, os pais devem procurar atendimento médico — orienta Fernandes.
A doença é comum, mas pode evoluir e causar problemas renais se não for tratada adequadamente. Ainda segundo Fernandes, as bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes, causadoras da enfermidade, vivem normalmente na pele, mas qualquer ferimento ou picada de inseto pode desencadear a ação infecciosa.
Enquanto os alunos não retornam, as escolas e os veículos de transporte de estudantes passarão por desinfecção. Para os pais e responsáveis, além do tratamento com medicação indicada pelo especialista, a orientação é que mantenham os ambientes limpos, estimulem a higiene das crianças e a prática de lavar as mãos, já que o toque é uma das vias de transmissão da doença.
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