Com a proximidade do pagamento do 13º salário, muitas pessoas já se preparam para utilizar essa renda extra. Mas o que é melhor: destinar aos gastos do final de ano, pagar contas ou investir? Para o educador e terapeuta financeiro presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, Reinaldo Domingos, não é aconselhável utilizar esse valor para quitar dívidas.

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– Se está sendo preciso usar uma renda extra, como o 13º salário, para pagar dívidas, há algo errado em seu orçamento. É importante que faça um diagnóstico financeiro e reveja as suas despesas, para conseguir adequar seu padrão de vida à renda mensal. Grande parte dos brasileiros está endividada, justamente por não ter educação financeira e ter consciência de que pode poupar e realizar seus sonhos desde que mude seu comportamento em relação às finanças-, orienta Reinaldo, que dá dicas do que fazer com a grana extra.

Aos endividados e inadimplentes

Para quem está endividado, a orientação é colocar todas as contas no papel, destacando as que dizem respeito a produtos e serviços essenciais – como energia elétrica, água e moradia – e as que sofrem maior incidência de juros – como cheque especial e cartão de crédito.

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Em seguida, levantar o quanto precisa poupar mensalmente para ter o valor necessário para renegociar as dívidas, iniciando a poupança com parte do 13º. Apesar de importante, quitar as contas em atraso não deve ser o único objetivo de quem está inadimplente. É preciso resgatar os sonhos e destinar a outra parte do 13º salário para novos planos.

Aos equilibrados

A situação de quem não tem dívidas, mas não investe dinheiro, é preocupante porque é preciso ter no mínimo uma reserva financeira para situações emergenciais. Sem ela, corre-se o risco de entrar no endividamento se um imprevisto acontecer.

O indicado é ter pelo menos três, um de curto prazo (a ser realizado em um ano), outro de médio prazo (entre um e 10 anos) e outro de longo prazo (após 10 anos), e dividir o 13º para iniciar cada uma dessas poupanças.

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Aos investidores

Para quem já tem o hábito de investir, cabe refletir sobre quais sonhos deseja realizar com o valor reservado. Ter educação financeira é poupar para atingir objetivos previamente determinados, como fazer uma viagem, trocar de carro ou casa e se aposentar com sustentabilidade financeira.

Se não estiverem atreladas a sonhos, as reservas podem acabar sendo utilizadas de forma não planejada. Para escolher o melhor investimento, basta pensar no período em que deseja realizar o sonho. Para os de curto prazo, o dinheiro será retirado em até um ano, portanto é válido investir em Títulos do Tesouro Direto, por exemplo.

Para os de médio prazo, em que os valores ficarão investidos entre um e dez anos, são indicados Fundo de Investimentos. Já para os de longo prazo, a serem realizados após 10 anos, a previdência privada é bastante indicada.

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