Em 1959, o jovem Leopoldo Teske comprou seu primeiro bandônion. Apaixonado por música desde criança, viu no instrumento a possibilidade de também fazer parte do universo que tanto o encantava.
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Hoje com 68 anos de idade, ele tornou o amor também uma profissão e, há quatro anos, conserta e toca bandônions diariamente. No último domingo, veio de Timbó a Joinville para se apresentar com o grupo Os Cinquentões – que ajudou a fundar em 1984 – na 13ª Bandoneon Fest.
O evento, que ocorreu na Sociedade Rio da Prata, em Pirabeiraba, lotou o salão já pela manhã. Em todo canto, viam-se pessoas esticando os pescoços e balançando os pés para acompanhar a riqueza de atrações. Pelo palco giratório, passaram aproximadamente 120 bandonionistas, vindos do Uruguai, Argentina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.
Além das comidas típicas e dos números de música alemã, esta edição contou com show de tango com bailarinos argentinos e uma apresentação inédita dos alunos da Cia. Jovem do Bolshoi em Joinville. O bandônion, a estrela da festa, ainda embalou uma tarde dançante com a participação de quatro grupos especializados no instrumento.
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A advogada Francielle Trapp, 29 anos, é que organiza o evento com os pais. Dos Estados Unidos, onde mora, ela veio a Joinville especialmente para fazer o cerimonial da festa. Mas, em contato com a família, participa ativamente da organização durante todo o ano.
– Nossa preparação leva 365 dias. A gente descansa duas semanas e já começa a elaborar a próxima edição.
– Pessoalmente, é um orgulho resgatar uma paixão do meu avô. E, para a cidade, a Bandoneon Fest é importante por manter viva uma tradição dos nossos imigrantes que por anos ficou esquecida -, explica.
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