Muitas pessoas têm uma preocupação excessiva com a aparência, ainda mais nestes tempos de exposições e “selfies” o tempo todo. Preocupar-se com a aparência e buscar o bem estar físico e social é normal e saudável. O problema é quando passa dos limites, que é, por exemplo, o que aconteceu com o astro Michael Jackson, que nunca conseguiu se olhar no espelho sem quer mudar alguma coisa, a ponto de mudar toda a sua aparência, e nem assim ficar feliz.
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O nome deste transtorno é dismorfismo corporal ou dismorfofobia, ou seja: a preocupação excessiva por causa de um defeito corporal mínimo ou até mesmo inventado. “É preocupante quando esse comportamento se torna obsessivo e autodestrutivo. São pacientes que quando procuram a cirurgia plástica nunca ficam satisfeitos com os resultados”, explica o cirurgião plástico Rogério Bittencourt.
Normalmente tem maior incidência em adolescentes e, aparentemente, está relacionado com as mudanças da puberdade. Estima-se que mais de 1,5% da população mundial sofra com esta condição. A gravidade da dismorfofobia é maior quando o problema persiste na idade adulta. Geralmente são pessoas perfeccionistas, tímidas e ansiosas e podem sofrer de depressão, com intenso sentimento de angústia e inferioridade.
O cirurgião plástico explica que a pessoa que sofre dessa condição tem como principal sintoma a insatisfação extrema com a imagem corporal. “Quem tem a síndrome possui uma percepção distorcida de sua própria imagem, e isto deve ser identificado antes da cirurgia”, ressalta Bittencourt. Muitas vezes um tratamento prévio com um psicólogo pode ajudar a paciente a obter o melhor resultado.
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