Com certeza você conhece alguém que trabalha constantemente mais de 12 horas por dia e ainda leva serviço para casa; e que também constantemente recebe críticas porque, no fim de semana e nas raras horas de folga, fica sempre de olho no celular, checando as mensagens o tempo todo para ver se existe alguma pendência no trabalho. Pode ter certeza: essa pessoa é uma workaholic, e isso não é bom. Cenas comuns são pessoas disputarem quem está trabalhando mais, como se isso fosse motivo de orgulho, contudo, ou muitas vezes não se percebe nessas situações é que pode estar ser caracterizando uma disfunção, com sérios riscos à saúde física e mental.
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Segundo o especialista em recursos humanos Celso Bazzola, é mais fácil localizar uma pessoa com esse problema do que tratar. “O workaholic se percebe a partir do momento que a pessoa não consegue se desligar do trabalho, deixando de lado sua convivência social, seja com familiares ou amigos. Assim a pessoa se torna um trabalhador viciado e compulsivo, mesmo fora de seu ambiente de trabalho ele cria um novo ambiente de negócios. Não há situação que o faça se desligar do trabalho”, diz.
Sintomas desse distúrbio de comportamento é uma autoestima exagerada, insônia, mau humor, impotência sexual, atitudes agressivas em situações de pressão e, muitas vezes, depressão. A situação pode ser tão grave que estudos recentes de casos clínicos em consultórios psicológicos e psiquiátricos apontam que o vício de trabalho é similar à adição ao álcool ou cocaína. Tornando o trabalho, nesses casos, uma obsessão doentia. O caminho para combater esse problema, explica Bazzola, é assegurar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, valorizando mais os momentos de lazer e percebendo que o descanso é fundamental, tanto para a vida profissional quanto pessoal.