Se você estiver andando pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e encontrar pessoas com selos colados na roupa, não estranhe. Com certeza eles são voluntários de uma campanha muito legal que está acontecendo no campus desde o mês de março, chamada de Selos da Diversidade, promovida pela Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad) da Universidade.
Continua depois da publicidade
Funciona assim: As pessoas que têm estes selos se prontificaram, voluntariamente, para acolher, conversar ou mesmo buscar ajuda para uma série de questões de gênero que acontecem no âmbito da universidade. Segundo a secretária da Saad, Francis Tourinho, qualquer pessoa que deseje identificar-se com um ou mais selos pode utilizá-los para mostrar à comunidade universitária sua afinidade com os temas e colocar-se como uma referência no assunto. “Muitas vezes as pessoas procuram a Saad apenas para conversar. Por exemplo: vem um aluno lá de longe nos procurar quando às vezes alguém próximo a ele poderia ouvi-lo, acolhê-lo e até mesmo ajudá-lo”, explica.
São cinco diferentes selos, e os voluntários _ que podem ser alunos, professores ou servidores _ escolhem aquele(s) com que mais se identificam: O Selo Catavento (para atuar e aconselhar em questões ligadas à gênero e violência) ; Selo Global-Etnia (contra o preconceito, o racismo e as discriminações relativas à raça e etnia); Selo Equidade (direitos de igualdade, justiça e ampliação de possibilidades de acesso a todos); Selo I-Digital (com o objetivo de facilitar a vida cotidiana do acadêmico ao proporcionar condições e estrutura acessíveis às tecnologias da informação, num ambiente inclusivo); e Selo Acessibilidade (promoção de uma cultura inclusiva em toda a UFSC, ao respeitar a singularidade e atuar na execução da política institucional de acessibilidade e inclusão de estudantes com deficiência e/ou com necessidades educacionais especiais da UFSC).
Continua depois da publicidade
A ideia de criar a campanha Selos da Diversidade partiu da troca de experiências entre a Saad e o diretor da unidade de Apoio à Diversidade e Inclusão da Universidad Complutense de Madrid (UCM), José Ignacio Pichardo Galán, que esteve na UFSC durante o 13º Mundo de Mulheres, em agosto de 2017. Os selos são parte de um projeto instituição espanhola que identifica membros da comunidade universitária que apoiam e podem ajudar nas questões relativas à diversidade e inclusão.