A SC Transplantes, órgão da Secretaria de Saúde de Santa Catarina, festeja dois fatos muito relevantes ao encerrar a análise dos dados da atividade de doação de órgãos do ano de 2017. O primeiro deles é que o mês de dezembro registrou 38 doações efetivas, batendo o próprio recorde do Estado, que era de 29 doações em um único mês (que havia sido em setembro). “Para que se tenha uma ideia, estas 38 doações, se fossem transformadas em média mensal, corresponderiam a 65 doadores p.m.p. (por milhão de população) ao ano, valores que superam o teto desta atividade no mundo”, explica o médico Joel de Andrade, coordenador da SC Transplantes.
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O segundo motivo para comemorar é o número total de doadores: 282, correspondendo à quantia inédita de 40,28 doadores p.m.p. por ano, consolidando a posição catarinense junto aos melhores resultados globais de doação de órgãos para transplantes. “Se Santa Catarina fosse um país, teria um dos cinco melhores resultados dentre os países com atividade transplantadora”, destaca o médico.
Os 31 doadores a mais em 2017 em relação ao ano anterior, explica Joel de Andrade, foram obtidos graças à redução da não autorização das famílias para 33% e as perdas por parada cardíaca, que diminuíram para 7,5%. Segundo o coordenador, a grande contribuição de SC é demonstrar que o Brasil pode ter resultados comparáveis aos melhores do mundo como vem ocorrendo no Paraná, Rrio Grande do Sul, Ceará e outras regiões. Os avanços nesta área são muito importantes, pois podem mitigar o sofrimento dos pacientes que estão em lista de espera por um novo órgão.
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