Projetos para melhorar a acessibilidade e educação de cegos

Pesquisadores do Reino Unido e do Brasil participam durante toda esta semana de um workshop internacional para a criação de infraestruturas acessíveis para mobilidade segura e educação de pessoas cegas. O encontro acontece no Campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Florianópolis. Financiado pelo British Council e Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), o evento é voltado para pesquisadores nas áreas de biomedicina, elétrica, mecânica, reabilitação, engenharia civil, ciência da computação, tecnologia da informação, tecnologia assistiva, automação, design e terapia ocupacional ou fonoaudiológica.

Dois requisitos eram obrigatórios para os participantes: ter PhD (equivalente ao doutorado) e no máximo 10 anos de experiência na área. Isto porque o objetivo principal deste workshop é melhorar a capacidade dos investigadores em início de carreira para a realização de pesquisas e projetos sobre infraestruturas acessíveis para a educação ((incluindo a reciclagem de pessoas que ficaram cegas mais tardiamente)e a mobilidade dsestes deficientes visuais, particularmente no Brasil.Também está no programa organizar redes e outros links que levem as propostas a alcançarem oportunidades de financiamento. Para isso, estão sendo realizadas palestras, painéis de discussão, trabalhos de design de equipe, seções de colaboração, brainstorms e discussões em grupo.

Os cegos enfrentam muitas barreiras no seu dia a dia, e até hoje não são contemplados com um tratamento igualitário no acesso e qualidade da educação e tampouco está garantida a sua mobilidade segura. “O crescente reconhecimento da relevância da inclusão social de cegos e outras pessoas com deficiência torna o workshop muito oportuno", diz Alejandro Rafael Garcia Ramirez, professor e pesquisador do Mestrado em Computação Aplicada da Univali. Entre as “feras” convidadas estão Marion Ann Hersh e Stephen Brewster, da Universidade de Glasgow, na Escócia; e Helen Petrie, professora de Interação Humano-Computador da Universidade de York, na Inglaterra.

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