A educadora Nadine Heisler e a fonoaudióloga Sabrina Luz criaram um aplicativo chamado Domlexia, para ajudar na alfabetização de crianças do 1° ano que têm dislexia. A iniciativa foi testada com 40 crianças em duas escolas da rede municipal de ensino de Florianópolis: na Osmar Cunha, em Canasvieiras, e na Intendente Aricomedes da Silva (EBIAS), na Cachoeira do Bom Jesus. Deu tão certo que Florianópolis acaba de receber, por ter criado o aplicativo, o prêmio Projeto Inovador da Rede Cidade Digital.
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A dislexia é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas. Este distúrbio dificulta a aquisição da leitura e escrita. O aplicativo Domlexia é, na verdade, um jogo onde os pequenos aprendem de forma divertida as letras do alfabeto e sons, e pode ser utilizado tanto pelos alunos que têm o distúrbio quanto as demais crianças da classe.
“O Domlexia traz uma abordagem diferente do mesmo tema abordado em sala. Nós tivemos resultados extremamente positivos da aquisição do aprendizado por parte dos estudantes", explica Sabrina. “Ficamos muito felizes com o prêmio. Acreditamos que através de soluções digitais podemos endereçar questões importantes no desenvolvimento das crianças e na melhoria da qualidade da educação”, salienta Nadine. A Rede Cidade Digital (RCD) é uma instituição que fomenta o desenvolvimento dos municípios através do uso estratégico da tecnologia.
O secretário de Educação Maurício Fernandes Pereira recebeu o prêmio em nome do município, e disse que prêmios como esse mostram que Florianópolis tem profissionais preparados e qualificados, que levam para a sala de aula uma educação inovadora.
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