Na coluna publicada ontem, comentei que a violência no campo vem aumentando nos últimos anos, tanto que entidades ligadas ao agronegócio estão mobilizadas em busca de alternativas para proteger a população da zona rural e seu patrimônio. A Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), por exemplo, sugere que a Polícia Ambiental tenha a missão adicional de reprimir a criminalidade e investigar bandidos e organizações criminosas que agem no campo. Isto porque já existem equipes volantes que percorrem as regiões agrícolas para combater crimes ambientais com uma boa estrutura, equipamento e armamento.
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Sobre este assunto, o tenente-coronel PM Fábio Henrique Machado, do Comando de Policiamento Ambiental de Santa Catarina, enviou e-mail informando que já está em andamento no Planalto-Norte do Estado, o projeto “Policiamento Ambiental Comunitário” (PAC), criado pela unidade da Polícia Militar Ambiental de Canoinhas. O projeto tem como objetivo oferecer mais segurança no campo, orientando os pequenos produtores rurais sobre questões ambientais e de segurança, buscando alternativas de sustentabilidade da propriedade, visando uma melhor qualidade de vida à comunidade rural e a colaboração para a proteção mútua.
Desde o início do projeto, diz ele, já foram observados avanços significativos no controle da violência e na redução dos índices de infrações ambientais, além de crimes nas áreas rurais. Várias visitas estão sendo agendadas e o programa apresenta uma grande adesão da comunidade. Que boa notícia! Funciona assim: o policial militar ambiental realiza visitas personalizadas aos produtores, verificando a atual situação da propriedade e sua adequação à legislação ambiental, repassando informações referentes à sustentabilidade e sugestões criativas de como deixar a propriedade mais organizada e rentável, bem como dando dicas de segurança para a comunidade rural. O policial age também como solucionador de problemas, assumindo protagonismo nas ações preventivas buscando para isso, quando necessário, o apoio e parcerias de outros órgãos estatais como Instituto do Meio Ambiente, Epagri, Cidasc e Polícia Civil, além da prefeitura de Canoinhas e da Universidade do Contestado (UnC).
“Contamos também na região serrana com o patrulhamento rural, que através da unidade da Polícia Ambiental de Lages, juntamente com o 6º Batalhão de Polícia Militar, realizam rondas e patrulhamentos preventivos, impedindo além de pequenos delitos, crimes como o abigeato, porte ilegal de armas e roubos”, diz o tenente-coronel Fábio Henrique Machado. Um belo exemplo. Tomara que se espalhe pelo estado inteiro.
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