A tão anunciada e esperada Black Friday está chegando. É nesta sexta-feira, e muita gente já anotou numa folha os produtos que pretende comprar na maior liquidação do ano. Mas será que vale mesmo a pena? Essa é uma pergunta que todo mundo se faz, e a resposta é simples: depende. Algumas lojas realmente cumprem o que prometem, vendendo seus produtos e oferecendo serviços por preços bem mais em conta. Outras, entretanto, são verdadeiras enganações. Sobem o valor das suas mercadorias um tempo antes para, no dia da promoção, voltar ao preço de antes. Ou seja, não existe redução nenhuma.

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Sair comprando tudo o que parece barato é uma tentação. A psiquiatra Julia Trindade, de Florianópolis, alerta, porém, que a Black Friday pode ser um perigo, especialmente para os acumuladores e para quem tem algum tipo de transtorno mental. “Quem nunca teve vontade de comprar ou comprou um monte de coisa depois chegou em casa e ficou pensando: será que eu precisava mesmo? Isso acontece com todo mundo, o importante é ficar atento e observar se você faz isso com frequência”, explica. Segundo a psiquiatra, as causas do consumismo exagerado e da mania de acumular coisas compulsivamente são muito distintas e vários fatores podem desencadear este processo.

De acordo com Julia, as compras compulsivas podem ser indícios também de transtornos mentais, como bipolaridade e borderline. “Geralmente quando a pessoa está na fase de mania do transtorno bipolar tem uma tendência a buscar coisas que tragam uma recompensa imediata como sexo, bebidas, drogas ou mesmo compras. Isso pode ocorrer também no transtorno borderline, pois as compras suprem aquela sensação e a vontade de encher o vazio”, completa.

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Mas, se este não é o seu caso e você quer simplesmente aproveitar as boas ofertas da Black Friday, vá em frente. Mais com cuidado. O economista Edson Brito dá uma dica: planeje-se. “É importante o consumidor se programar para saber quanto poderá gastar no dia. “Não gastar mais do que se ganha é essencial. Por isso, não deixe a empolgação tomar conta, para não correr o risco de começar 2019 com o orçamento estourado e cheio de dívidas.