Nunca a expressão “nascer de novo” fez tanto sentido quanto nesta história. Na noite de 25 de março de 2013, o empresário Eduardo Anton, na época com 32 anos, foi abordado por dois desconhecidos que estavam em uma moto, em São Francisco do Sul. Levou um tiro no abdômen. Permaneceu em pé. Sem tempo para gritar por socorro, viu o atirador se aproximar, encostar a arma na testa e fazer outro disparo. Ainda consciente, percebeu o homem se deslocar para trás do seu corpo e disparar mais duas vezes na região da nuca. Eduardo continuava consciente e teve um pensamento instintivo: cair no chão, para os criminosos pensarem havia morrido. Eles foram embora, e o empresário pode, enfim, ser socorrido.
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Cinco anos se passaram. Milagrosamente, Eduardo sobreviveu. Ficou apenas com pequenas sequelas neurológicas, como a perda da visão periférica. Passou por um período de depressão, até que decidiu usar a sua experiência pessoal para ajudar outras pessoas. Hoje atua como coach profissional, ajudando principalmente portadores de deficiência.
A incrível história de Eduardo está contada no livro Inesperado, uma oportunidade de superação e aprendizado, escrito em parceria com o jornalista Cadu Bortolot. Mostra como ele e sua família superaram os desafios físicos e emocionais decorrentes do atentado, e ainda, como foi o processo de superação e ressignificação de seus valores e propósito de vida, que o levaram à uma nova carreira, encontrando, por fim, a realização pessoal e profissional.
Todo o lucro arrecadado com a venda do livro, que custa R$ 25 e pode ser adquirido pelo site www.eduanton.com.br, será todo doado para duas entidades beneficentes de Joinville, o Lar do Idoso Betânia e a Ajidevi.
Na época do atentado, Eduardo era diretor da empresa de transporte de cargas da família, em São Francisco do Sul. Tinha uma vida tranquila com a mulher Carol e as filhas Beatriz e Isabella. À época, Carol estava grávida de cinco meses de João Júlio. Depois da tentativa de assassinato, o empresário ficou 12 dias em coma. Quando acordou, já queria voltar ao trabalho, mas teve de aprender a lidar com algumas limitações. Após um longo processo de reabilitação física e psicológica, Eduardo encontrou a satisfação e a alegria de viver no trabalho de coach.
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_ Contribuir com a sociedade tornou-se mais que o principal valor da minha vida, e o meu propósito. O que mais quero hoje é estimular as pessoas a entenderem o seu problema, a descobrirem suas limitações e a buscarem suas qualidades.