Uma queixa frequente dos jovens recém-formados é a falta de oportunidade no mercado trabalho. Muitos empregadores exigem experiência na área, mas como obtê-la se ninguém dá uma chance de começar? O melhor jeito de aprender, acredito, é aliando a teoria à prática, e, de preferência, ainda dentro da universidade. E é isso, em essência, o que prega o Movimento Empresa Júnior (MEJ). A sigla é pequena, mas a ambição é grande: preparar universitários para empreender. Através da vivência empresarial durante a graduação, o MEJ, que surgiu na França em 1967, foca no aperfeiçoamento de habilidades como liderança, comunicação e trabalho em equipe.
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As empresas juniores funcionam dentro da universidade, sempre ligadas a um ou mais cursos de graduação. São associações de estudantes que colocam em prática os conhecimentos acadêmicos, prestando serviços para clientes do mercado. É importante deixar claro que embora sejam vendidos e executados por alunos, todos os projetos passam obrigatoriamente pela supervisão e orientação de um professor, que garante que os resultados apresentados sejam os melhores possíveis.
Como não têm fins lucrativos, as empresas juniores cobram valores inferiores aos da concorrência pelo seu serviço, e todo o dinheiro arrecadado precisa ser reinvestido na manutenção da sede da empresa e na capacitação de seus membros. Ninguém recebe salário. A estimativa é que, no Brasil, mais de 11 mil estudantes de graduação participem do MEJ, executando quase 3 mil projetos ao ano em mais de 300 empresas juniores por todo o país
Guilherme Galvan, 18 anos é diretor de Marketing do EPEC – Escritório Piloto de Engenharia Civil, ligado ao curso da UFSC. Eles está no segundo ano da faculdade, e explica que a empresa júnior na qual atua desenvolve projetos elétricos, hidrossanitários, de acessibilidade e preventivo contra incêndios, além de acompanhamento de obras de reformas e laudos técnicos. Cerca de 30 alunos participam da empresa, que está no momento com oito projetos em andamento. Em 2017 o EPEC realizou 12 projetos e faturou R$ 56 mil. Este ano, nos primeiros quatro meses, o faturamento foi de R$ 23 mil. Para conhecer melhor o trabalho desenvolvido pelo escritório, basta acessar a página https://epec-ufsc.com.br
“Participar da empresa júnior é uma experiência gratificante, porque além de poder praticar o que é ensinado nas aulas, ainda desperta nos alunos a vontade de empreender, de ter o seu próprio negócio mais adiante. Eu posso dizer que esta experiência está abrindo a minha mente para muitas possibilidades no futuro”, diz Guilherme.
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