Quem for ao Beiramar Shopping, em Florianópolis, nesta quinta-feira, com certeza vai pagar o valor do estacionamento com gosto, porque sabe que estará ajudando uma das mais importantes instituições de ensino de Florianópolis. É que toda a renda do estacionamento deste dia será doada para a Apae, entidade que atende hoje cerca de 600 crianças e jovens, e que luta contra dificuldades financeiras para manter o seu padrão de atendimento.

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O projeto Estacionamento Solidário, que integra a chancela Conexões Sociais do Beiramar Shopping, acontecerá durante todo o dia, e tem mais um propósito: trazer um olhar diferenciado para o trabalho desenvolvido pela entidade. Está sendo organizada uma feira de artesanato no piso L1, em frente ao Imperatriz Gourmet, para exibir e comercializar os produtos confeccionados pelos alunos da Apae em suas várias oficinas, além “flashmobs” (pequenas intervenções artísticas) feitas pelos próprios “artistas” da instituição. Durante toda esta semana foram montados quiosques onde os profissionais da entidade mostravam um pouco do trabalho desenvolvido e arrecadavam doações em dinheiro, materiais e alimentos.

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Para o diretor-geral da Apae Florianópolis, André Stramari, tão importante quanto os recursos financeiros, iniciativas como esta ajudam a divulgar o trabalho realizado pela instituição e, principalmente, possibilitam aos alunos o protagonismo. “ Ver a satisfação expressa nos olhares e sorrisos de nossos alunos é o que nos motiva a todos os dias ir além e fazer o diferente”, afirma. A primeira edição foi realizada em 2017, quando foram arrecadados R$ 45 mil reais. A expectativa é repetir o feito. O dinheiro será utilizado para pagamento dos profissionais e investimentos em equipamentos para agregar novas tecnologias para melhorar ainda mais a qualidade do atendimento prestado.

A Apae da Capital tem um custo mensal de cerca de R$ 500 mil. A entidade sobrevive de convênios com o Estado para o pagamento dos professores e com a prefeitura para a alimentação e atendimento em assistência social. Outras despesas são supridas com doações, mas o valor arrecadado não é suficiente. O maior evento promovido pela instituição era a Feira da Esperança, que vendia, entre outras coisas, produtos apreendidos pela Receita Federal, e que eram o grande chamariz de público e gerador de lucro. A Receita diminuiu muito o repasse de mercadorias, e o que estava sendo arrecadado na feira não chegava nem a cobrir os gatos do evento.

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