Celebra-se nesta quinta-feira o Dia Mundial Sem Tabaco. A data é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem o objetivo de alertar a população sobre os perigos causados pelo hábito de fumar. Todos sabem que cigarro faz mal, mas nunca é demais lembrar o quanto este hábito prejudica a saúde, levando muitas vezes os tabagistas à morte. A OMS afirma inclusive que as doenças relacionadas ao fumo matam mais que tuberculose, AIDS e malária juntas. Segundo estudo da organização, o tabagismo mata quase 6 milhões de pessoas anualmente, sendo 600 mil vítimas do fumo passivo (que são aqueles que convivem diretamente com o fumante). Até 2030, este número deve aumentar para 8 milhões. A grande maioria destas mortes poderia ser evitada, e é por isso que as campanhas contra o fumo continuam na pauta do dia.

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Uma boa notícia: No Brasil, em 25 anos, o número de fumantes diários caiu de 29% para 12% entre os homens e de 19% para 8% entre as mulheres. Mesmo assim, o país ainda ocupa o oitavo lugar no ranking de tabagistas no mundo, com o total de 18 milhões de fumantes, segundo pesquisa do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Esse ano, a campanha do Dia Mundial sem Tabaco traz como tema central o fumo e as doenças cardíacas, com objetivo de conscientizar as pessoas sobre os riscos que o tabaco proporciona também à saúde do coração. Doenças coronarianas, acidente vascular cerebral (AVC) e doença vascular periférica também são causadas pelo fumo, e pouca gente sabe disso.

Muitas pessoas associam os danos do uso do tabaco apenas a doenças que atacam o pulmão, como câncer e problemas respiratórios, como asma e bronquite. Porém, o tabaco proporciona mais riscos à saúde do que se imagina. O fumo pode causar mais de 50 doenças, desde problemas do coração até na circulação sanguínea. Além da inalação de mais de 4500 substâncias tóxicas, explica Jonatas Leônio, médico de família e comunidade, membro do Grupo de Trabalho de Problemas Respiratórios da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.

A principal forma de prevenção é não fumar, claro. Largar a dependência do tabaco não é uma tarefa fácil, mas o médico afirma que é possível eliminar o cigarro e recuperar a saúde física. “Com acompanhamento e orientação médica, além de vontade própria, a dependência pode ser superada" diz. Se o tabagista está em tratamento, é importante que a família e amigos saibam lidar com as possíveis recaídas. Em média, dizem os especialistas, é na terceira tentativa que a interrupção definitiva é alcançada pelo paciente. Existem também vários grupos de apoio antitabagistas para orientar os pacientes que desejam parar de fumar.

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