Nesta segunda-feira, 18 de junho, comemora-se o Dia do Orgulho Autista, celebrando a neurodiversidade e as características únicas que as pessoas autistas apresentam. O objetivo é mudar a visão negativa da sociedade sobre a síndrome, passando o autismo de “doença” para “diferença”. As pessoas autistas
Continua depois da publicidade
não são doentes, e sim possuem algumas características próprias que lhes trazem desafios e recompensas únicas. Essa é a essência da comemoração. O primeiro Dia do Orgulho Autista celebrou-se em 2005, por iniciativa da Aspies for Freedom. Estima-se que há 70 milhões de pessoas com o transtorno no mundo e cerca de 2 milhões no Brasil.
Em Criciúma, Sul do Estado, um trabalho muito bacana é realizado semanalmente pela Associação de Amigos do Austista – AMA, em parceria com o 9º Batalhão da Polícia Militar. É a cinoterapia, uma abordagem terapêutica que tem como diferencial o uso de cães como co-terapeutas no tratamento físico, psíquico e emocional de pessoas com necessidades especiais. Marley é um cão labrador do K-9 (departamento de cães policiais) do batalhão, e um grande companheiro brincalhão das crianças e adolescentes com autismo.
De acordo com a psicóloga da AMA, Thaís de Oliveira Kiquio, o cão desperta o interesse dos alunos. Todas as etapas do contato com o animal fazem parte da terapia. “A primeira aproximação às vezes pode ser um pouco receosa, mas logo o contato com o cão desperta o interesse e o lado afetivo. Desde o ato de passar a mão e conversar com o animal, o principal objetivo é explorar nos alunos os movimentos sensoriais e motores”, explica a especialista.
Antes de iniciar a terapia com o cão, os policiais passaram por um treinamento na AMA, para entenderem o que é o autismo e quais as necessidades destas crianças, ressaslta o comandante da Companhia de Patrulhamento Tático, Capitão Mário Luiz Silva. Segundo ele, é notória a evolução dos alunos. “Nas primeiras aulas a gente via o medo e o anseio deles, mas hoje já chegam no batalhão chamando o Marley pelo nome”. Este cãozinho esperto participa também de de treinamentos para se tornar, além de um cão terapeuta, um cão farejador.
Continua depois da publicidade