Esse modelo de relacionamento não é novo. Existem estudos de mais de 30 anos sobre o tema. Segundo a psicóloga Marina Simas de Lima, terapeuta de casal e família, viver em casas separadas é um fenômeno relacionado às mudanças da sociedade. “São pessoas que querem ter relacionamentos afetivos íntimos e de longo prazo, mas que rejeitam por vários motivos o modelo tradicional, preferindo manter seu espaço, privacidade e independência”, diz a terapeuta.

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É cada vez mais comum encontrar casais que optam por morar em casas separadas, especialmente nos Estados Unidos, Canadá e alguns países da Europa. Segundo um estudo sobre o tema, a maioria dos casais que escolhe este modelo de relacionamento, o faz por razões práticas. Os mais jovens querem ter uma experiência inicial para depois decidir se irão ou não morar juntos. Os mais velhos, incluindo os divorciados e viúvos, os motivos estão mais relacionados aos filhos dos relacionamentos anteriores, ao desejo de manter a independência ou ainda ao medo de passar por novas decepções amorosas.

Casas separadas pode funcionar bem para algumas pessoas. Cada casal tem o seu próprio jeito de estabelecer como esse modelo irá funcionar. É possível ter projetos e objetivos em comum, mesmo vivendo em casas diferentes. Não é o espaço físico que estabelece a identidade conjugal e sim como o casal constrói sua dinâmica, seu funcionamento, além, é claro, da qualidade do vínculo afetivo.

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