Um dos pilares da universidade é a extensão comunitária. Ou seja, professores e alunos criam projetos e programas na sala de aula para implementar, posteriormente, nas comunidades onde estão inseridos. É uma bela forma de treinar na prática o que está sendo estudado e, ao mesmo tempo, ser útil à sociedade, levando conhecimento às pessoas e, muitas vezes, prestando serviços quem nem sempre são oferecidos a contento pelo poder público.

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É o caso, por exemplo, do projeto de extensão "Tutores do Sorriso", vinculado ao curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e que atua na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) daquela cidade. Os alunos da instituição, todos com algum grau de deficiência, recebem assistência e são orientados a cuidarem da saúde bucal. Mas não é só isso. Funcionários, professores e familiares dos alunos da Apae participam de palestras, atividades lúdicas, recebem orientações relacionadas à prevenção na área da saúde.

Os procedimentos dentários de baixa complexidade são realizados no consultório montado pelos próprios alunos da Odontologia, que realizaram uma “ação entre amigos” para arrecadar os recursos necessários. No local, uma dentista cedida pela prefeitura de Itajaí e duas egressas da Univali atendem os alunos. Os procedimentos de média complexidade são encaminhados para os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) do município e da universidade. Recentemente, o grupo obteve liberação para que os procedimentos de alta complexidade (que exigem sedação do paciente), sejam feitos no Hospital Infantil Pequeno Anjo.

A professora Mara Lúcia Campos, coordenadora do projeto, conta que a iniciativa nasceu dos próprios alunos da Odontologia, há dois anos, e que acabou se transformando em um projeto de extensão. O projeto reúne alunos do 1º ao 9º período do curso, que estão praticamente todos os dias na Apae. Jhenyfer Santos está no quarto ano de Odonto, e acredita que este trabalho será um diferencial na carreira profissional e na vivência clínica dos envolvidos. "Quando chegamos na Apae, o único sentimento que conseguimos transmitir e receber é amor", finaliza.

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