A Unesc _ Universidade do Extremo Sul catarinense promove desde 2013 o projeto “Prevenção e Erradicação da Síndrome da Alienação Parental”, já tendo beneficiado neste período cerca de 800 pessoas. As atividades são realizadas nas Casas da Cidadania localizadas nos bairros Próspera, Rio Maina e também na sede da universidade, todos em Criciúma. Os atendimentos às famílias são feitos pelos acadêmicos de Direito matriculados na nona e décima fase do curso, mediante estágio de prática jurídica, sob a orientação dos professores advogados. Há também a participação de estudantes do curso de Psicologia nos casos de mediação.

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A Alienação Parental começa a ocorrer, na maioria das vezes, quando os pais decidem se separar e começa a disputa pela guarda da criança. Se o afastamento do pai ou da mãe ocorre por meio de uma pressão psicológica promovida por um dos cônjuges, com o intuito de “difamar” a imagem um do outro, o caso vira crime. A intervenção e mediação dos estagiários do curso de Direito e de seus professores advogados acontece com o intuito de contribuir para efetivar o direito de convivência familiar sadia para as crianças e adolescentes.

A coordenadora do projeto, Sheila Martignago Saleh, conta que durante o atendimento é estabelecido um diálogo com o casal que está buscando a dissolução do vínculo conjugal. “Explicamos para eles o que é Alienação Parental, mostramos exemplos, com vídeos e documentários, e ressaltamos a existência da lei da alienação e suas penalidades”, comenta. Quando ocorre o fim do casamento ou da união estável, com a decretação da guarda, o pai, ou a mãe, que ficou apenas com o direito de convivência com o filho, acaba se distanciando, já que não pode mais participar da rotina da criança com a mesma intensidade. Dentro desse contexto, o que queremos mostrar que a guarda compartilhada é a melhor solução, pois serve para minimizar os efeitos da separação.