Acabo de ler um interessante artigo assinado pela pedagoga e orientadora educacional Debora Regina Rosas Hochheim, no qual ela fala dos valores familiares que devem ser ensinados aos filhos desde bem pequenos. Ela ressalta que no corre-corre diário muitas vezes nós, pais, acabamos delegando a terceiros (inclusive à escola) obrigações e deveres que são nossos. “É no ambiente familiar que se encontra o espaço mais adequado para o ensino dos valores necessários para a formação do caráter”, lembra.

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Segundo a especialista, não há “receita” para educar filhos saudáveis moralmente e competentes para a vida adulta, mas há princípios e condutas que farão a diferença. Ela elenca alguns, com base na sua experiência profissional e pessoal, como mãe de duas filhas (hoje jovens adultas):

• LIMITES: criar os filhos com disciplina, amor e correção. Filhos que crescem sem limites provocam tristeza nos pais, especialmente quando crescem.

• CAMINHAR DE MÃOS DADAS: ensinar a criança “no caminho em que deve andar”, caindo e se levantando juntos. Quando ouvimos de nossos filhos suas reflexões sobre a vida, podemos redirecionar seus pensamentos para que não se desviem dos valores em que acreditamos. Ao lado dos pais, observando o seu modelo, a criança copiará comportamentos adequados, e se lembrará deles na hora que tiver de caminhar sozinha.

• CONVIVÊNCIA: conviver mais com os filhos, tendo tempo para “não fazer nada” juntos, usufruindo da possibilidade de aprendizado mútuo.

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• RESPEITO E EMPATIA: levá-los para visitar os parentes mais velhos, capacitando-os a respeitar e a ter empatia pelas necessidades dos idosos.

• PERDÃO: perdoar os filhos é dar uma segunda chance, mostrando que os amamos apesar de seus erros e falhas. O perdão restaura relações e conduz à transformação de comportamentos.

• ORAÇÃO E GRATIDÃO: orar pelos filhos, demonstrando todo o nosso amor, abençoando-os e protegendo-os sob a vontade soberana de Deus, ensinando-os a agradecer por tudo o que temos e somos, pelas circunstâncias e pelas pessoas que nos cercam.

• A MESA DA SALA DE JANTAR: valorizar a “mesa da sala de jantar” como local de comunhão e de diálogo. Como é importante conhecer nossos filhos, saber aonde vão, com quem vão, o que os alegrou e o que os deixou tristes – enfim, detalhes dos quais somente conheceremos se lhes dermos a chance de serem ouvidos – a mesa da sala de jantar resgata, de certa forma, a união que muitas vezes falta às famílias modernas, em que cada um tem seu próprio espaço. A mesa de jantar em família é um espaço de compartilhar alegrias, medos e dúvidas e de construir projetos juntos.

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