Logo no primeiro dos 30 dias de janelas escancaradas para a troca de partidos por deputados federais e estaduais, quinta-feira passada, o PSL do presidenciável Jair Bolsonaro arrebanhou sete integrantes da Câmara Federal — além do próprio Bolsonaro e seu filho Eduardo, também parlamentar. Aposta-se que a tropa vai aumentar, ajudando o capitão reformado do Exército a estruturar seu novo partido para as eleições.
Continua depois da publicidade
Santa Catarina também está na mira de Bolsonaro. São fortes as especulações de que o deputado federal Valdir Colatto (PMDB) poderia assumir o PSL em Santa Catarina e ser candidato a senador – inaugurando, assim, um palanque político para o presidenciável. Conversei com o peemedebista do Oeste no início da tarde de ontem para falar sobre esses rumores.
— Tenho recebido convites. Estão propondo a filiação e candidatura ao Senado. Eles estão buscando pessoas para compor o time e acham que eu tenho o perfil. Não tenho nada decidido — diz Colatto.
Segundo ele, a maior dificuldade é deixar o PMDB, onde está filiado desde 1980, ainda MDB. Sem nunca trocar de partido, Colatto tem sido figura quase constante na Câmara dos Deputados desde 1987, quando assumiu pela primeira vez como suplente. Posicionando-se sempre junto à bancada ruralista e levantando bandeiras conservadoras, o catarinense declara simpatia pela candidatura de Bolsonaro.
— Entre esses que estão colocados, eu vou pelo Bolsonaro. Pela afinidade com as bandeiras que ele prega, como a segurança, e atenção ao campo — afirma o parlamentar.
Continua depois da publicidade
Vai pesar na decisão de Colatto a posição do PMDB sobre sua intenção de concorrer ao Senado. O parlamentar disputou o cargo há 20 anos, nas eleições de 1998, quando ficou em segundo lugar em um confronto razoavelmente tranquilo para Jorge Bornhausen (PFL). Na época, disputou-se apenas uma vaga e o pefelista enfrentava uma megacoligação liderada pela candidatura de Esperidião Amin ao governo. Cenário completamente diferente do que se imagina agora.
Conquistando a candidatura ao Senado, nada impede que Colatto permaneça no partido e apoie Bolsonaro. É o que deve fazer, por exemplo, o deputado federal Rogério Peninha (PMDB), candidato à reeleição.
Firme
Em evento para 500 tucanos em Herval d’Oeste, o senador Paulo Bauer (PSDB) garantiu que continua “mais pré-candidato do que nunca” ao governo do Estado, apesar da investigação autorizada pelo Supremo sobre suposto caixa 2 nas eleições de 2014.
Leia outras publicações de Upiara Boschi