Para onde vai o MDB catarinense? A dúvida sempre pertinente desde que as eleições do ano passado determinaram o fim do ciclo de 16 anos do partido como governador ou vice-governador mantém o suspense entre a construção de um caminho próprio e o alinhamento com a gestão de Carlos Moisés da Silva (PSL).
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Na sexta-feira, dois deputados estaduais do MDB cobriram o pesselista de elogios e garantiram o apoio da bancada à governabilidade – em um momento em que o governador sofre dissidências em seu próprio partido. Os emedebistas Romildo Titon e Moacir Solpelsa estavam presentes na visita de Moisés a Joaçaba, Ouro e Luzerna, no Meio Oeste, quando foram anunciados R$ 65 milhões em repasses para melhorias em aeroportos, rodovias, prevenção de desastres e segurança pública. Veio de Titon a fala mais contundente em favor do governo Moisés.
– Todos que estão aqui pensam como eu, e pensam como outros deputados que estão na Assembleia Legislativa. Nós, políticos que estávamos em outros mandatos, eu, principalmente, entendi o recado das urnas, e passamos a apoiar o governador. Não fazer parte do governo, mas dar governabilidade para o que é importante para Santa Catarina, porque o momento exige que todos estejam abraçados e unidos em uma causa só: o bem dos catarinenses. Acredito no senhor, na sua capacidade administrativa e na forma como tem tratado a coisa pública – disse Titon.
No início de outubro, o diretório estadual – sob comando do deputado federal Celso Maldaner – emitiu nota oficial em que ressaltava a “postura de independência em relação ao governo Moisés da Silva”, como resposta, à época, às movimentações da bancada estadual da sigla em alinhamento ao governo pesselista. Nesta segunda-feira, a executiva estadual se reúne para avaliar os resultados das convenções municipais. Maldaner defende a reoxigenação da sigla e a construção de uma candidatura ao governo em 2022 a partir dos resultados das eleições municipais do que ano que vem.
Um dos pontos que devem entrar na discussão é a indefinição sobre o comando do MDB em Florianópolis – onde as duas chapas inscritas para a convenção não tiveram o registro aprovado. A executiva precisa nomear uma comissão provisória com a missão de realizar a convenção em até 90 dias.
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