Durante todo período em que assumiu a condição de pré-candidato do MDB ao governo do Estado, o deputado federal Mauro Mariani dizia não estar preocupado em antecipar a negociação das alianças. Lembrava sempre a tradição de acertos de última hora e a articulação que protagonizou em 2014 e que resultou vitoriosa candidatura de Dário Berger (MDB) ao Senado às vésperas da convenção do partido.
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Até agora, os fatos deram razão a Mariani. A dois dias da confirmação de sua candidatura a governador, ele chegará à convenção do MDB com uma chapa praticamente fechada e uma aliança consistente. Tem a deputada federal Carmen Zanotto (PPS) como nome para vice e o também deputado Jorginho Mello (PR) para o Senado. A única incógnita é a segunda vaga de senador na chapa.
A ideia de que Jorginho seja o candidato único da aliança é torpedeada nas bases emedebistas. Pré-candidatos, o deputado federal Valdir Colatto, o ex-governador Paulo Afonso Vieira e o ex-deputado estadual Edson Piriquito garantem que vão se inscrever para a vaga na convenção. Colatto diz que admitiria que ceder a vaga a outro partido, mas não deixá-la em branco para o PR correr sozinho. A tendência é de que haja um nome do MDB na chapa.
Aliada a PPS, PR, PTB e pequenos partidos, a chapa emedebista ficou tão atrativa a composições quanto o bloco de médias siglas que hoje apoia Gelson Merisio (PSD). Por isso, Mariani ainda está de olho em possíveis desgarrados da candidatura pessedista – especialmente se avançarem as conversas de composição entre Merisio e Paulo Bauer (PSDB). O PDT foi sondado – incluindo a possibilidade de que Ana Paula da Silva, ex-prefeita de Bombinhas e hoje candidata a deputada estadual, fique com uma das vagas ao Senado. Há mais de ano cita nos bastidores o nome de Paulinha para sua majoritária. Por enquanto, os pedetistas agradecem, mas continuam com Merisio.
Desde que se lançou pré-candidato, Mariani conviveu com as especulações de que sua candidatura não chegaria à convenção. Seria trocado pelo prefeito joinvilense Udo Döhler, pelo governador Eduardo Pinho Moreira, pelo senador Dário Berger ou por algum nome de outro partido. Venceu resistências e desconfianças. Nesta quinta-feira, três dias antes do prazo final das convenções partidárias, sua candidatura é mais garantida que a dos adversários homologados Merisio, Bauer e Esperidião Amin (PP).
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