Passarinho na muda não canta. O velho ditado se aplica bem à situação do senador Dário Berger em relação a sua relação com o MDB. Desde que perdeu a disputa interna pela presidência estadual da sigla para o deputado federal Celso Maldaner, o senador se recolheu e deixou de participar das atividades partidárias.
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O mais recente deles foi na última sexta-feira, em Jaraguá do Sul, no encontro de prefeitos e vices emedebistas. Aliás, o anfitrião era o prefeito Antídio Lunelli, estrela em ascensão no partido – tem ganho visibilidade na gestão de Maldaner. Se reeleito ano que vem, é opção para majoritária – no figurino do empresário bem-sucedido (R$ 280,4 milhões de patrimônio declarado) que entrou para a política.
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Se o MDB vai desenhando seu caminho sem Dário Berger, nome natural para majoritária pela condição de senador e pela estadualização do nome na disputa de 2014, é natural que ele também desenhe. A senha para a saída deve se dar após a convenção nacional emedebista em outubro, quando tudo indica que a atual cúpula deve manter o controle do partido.
A discrição de Dário em relação ao futuro partidário não significa que ele esteja parado. Este semana, o senador comemorava a conquista de R$ 14,5 milhões para instalação de usinas de asfalto em municípios do interior do Estado – viabilizados quando presidiu a Comissão de Orçamento do Senado. A primeira licitação foi autorizada pelo governo federal e vai beneficiar municípios do Extremo Oeste – outras quatro regiões estão na fila. Assim, Dário vai asfaltando seu caminho.
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