O deputado estadual Jessé Lopes (PSL) vai responder por quebra de decoro parlamentar por causa da postagem em rede social que disseminou um boato envolvendo o governador Carlos Moisés (PSL), o ex-secretário da Casa Civil Douglas Borba e uma assessora. O pedido de cassação foi protocolado na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar com a assinatura de quatro deputado estaduais: Paulinha (PDT), Marlene Fengler (PSD), Rodrigo Minotto (PDT) e Vicente Caropreso (PSDB).

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Os parlamentares alegam que a “medida irresponsável tomada pelo representado de difamar a honra dos envolvidos gerou enorme repercussão perante a mídia estadual e nacional, onde reprisam-se diversas matérias noticiando o espantoso fato narrado pelo denunciado na ocasião”. Afirmam, ainda, que “a notícia espalhou-se não somente aos seguidores do representado, mas a toda a população catarinense, onde registram-se pelos links referidos, colunas das mais diversas localidades do Estado reportando o fato, haja vista ser o mesmo direcionado a autoridade máxima do Poder Executivo catarinense”.

Jessé Lopes fez a postagem na segunda-feira e a retirou do ar algumas horas depois. Em nota, disse que a postagem era uma “analogia feita em relação à responsabilidade na situação envolvendo os respiradores” – referência à compra de 200 respiradores de UTI por R$ 33 milhões, investigada por Polícia Civil, Ministério Público de Santa Catarina e Tribunal de Contas do Estado, além de uma CPI na própria Assembleia Legislativa. O parlamentar também gravou um vídeo em que pede desculpas ao governador e ao ex-secretário.

No pedido de cassação assinado por Paulinha, Marlene, Minotto e Caropreso, a própria retratação de Jessé é questionada, por demonstrar “total falta de zelo do representado para com a honra de terceiro”, pelo “caráter jocoso” e também pela exposição da servidora indicada na postagem.

O pedido será analisado pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, presidida pelo deputado estadual Volnei Weber (MDB). Se aceito, serão designados três membros para uma comissão de investigação sobre o caso. A palavra final sobre cassação é do plenário da Assembleia Legislativa.

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