É corriqueiro que os candidatos contratem pesquisas próprias para avaliar o próprio desempenho frente aos adversários e estratégias de campanha. Normalmente elas não são registradas na Justiça Eleitoral e por isso servem apenas para consumo interno. Candidato ao governo, Décio Lima (PT) inovou e registrou no TSE uma ampla pesquisa que contratou junto ao instituto Vox Populi sobre o cenário eleitoral no Estado.
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Chama atenção no amplo questionário a pergunta sobre se o eleitor já sabe quem é o substituto de Lula na candidatura presidencial – apontando o vice Fernando Haddad (PT) como resposta correta. Testa também a força da transferência de votos do ex-presidente para o candidato extra-oficial.
Nas perguntas sobre a eleição estadual, o instituto traz os cenários apenas com os nomes dos candidatos, mas também testa vinculações em que Décio surge como “apoiado por Lula e Haddad”, Gelson Merisio (PSD) “apoiado por Raimundo Colombo (PSD)” e Mauro Mariani (MDB) “apoiado por Michel Temer (MDB).
Na corrida pelo Senado, Esperidião Amin (PP) e Colombo aparecem apadrinhados pelo ex-deputado federal Paulo Bornhausen (PSB) em quanto Paulo Bauer (PSDB) e Jorginho Mello (PR) são vinculados a Temer. Há ainda perguntas sobre a imagem do PT entre os catarinenses e avaliações sobre o horário eleitoral.
Esse tipo de levantamento não costuma ser registrado no TSE porque os dados da pesquisa se tornam públicos, embora a divulgação dos resultados não seja obrigatória. Fica implícito que se os números não vierem à tona dia 15, data de conclusão da pesquisa, é porque os resultados não agradaram o contratante.
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